quarta-feira, 24 abril, 2024
InícioDesign da HomeDestaque com foto 1MT: Vereadora é condenada a indenizar deputado após chamá-lo de homofóbico

MT: Vereadora é condenada a indenizar deputado após chamá-lo de homofóbico

A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT) foi condenada a pagar uma indenização de R$ 3 mil ao deputado estadual Gilberto Cattani (PSL), por acusa-lo de ser homofóbico, em suas redes sociais. A decisão foi proferida na última segunda-feira (29), pelo juiz Cássio Leite Barros Neto, da 1ª Vara da Comarca de Nova Mutum. A Justiça já havia, no mês de junho, determinado que a vereadora apagasse todas as publicações que fez em suas redes sociais contra Cattani, entendendo que a parlamentar petista cometeu crime de calúnia ao acusa-lo de ter cometido o crime de homofobia.

Conforme o magistrado, a Justiça não pode tolerar que uma pessoa seja acusada publicamente de ter cometido algum crime que ela não cometeu.

“Nunca, em hipótese alguma, pode o poder judiciário permitir atribuição de crime a alguém que não o cometeu, isso não é política, isso é ato ilícito passível de ser reprimido judicialmente. Isto posto, opino pela procedência da pretensão contida na inicial para tornar definitiva a decisão que antecipou os efeitos da tutela e, ainda, condenar a Reclamada a pagar ao Reclamante o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de indenização por danos morais”, diz a sentença.

O advogado do deputado, Daniel Luis Nascimento Moura, explicou que a condenação comprova que Cattani nunca cometeu crime de homofobia e que nenhum parlamentar tem o direito de exceder os limites de suas funções, que no caso da vereadora, é de legislar por Cuiabá.

“Nós entramos com uma ação de indenização contra a vereadora, da qual tivemos lá atrás uma decisão liminar, onde o juiz mandou ela apagar qualquer fala acusando o deputado de ser homofóbico e agora veio a sentença confirmando que ela errou e a condenando a pagar R$ 3 mil de danos morais. O valor não nos interessa, o que interessa é que a justiça reconheceu que ele não fez nada e que qualquer parlamentar que exceder os limites de suas funções está sujeito a ser penalizado”, afirmou.

No mês de maio deste ano, Cattani, em referência a frase “não ser gay é uma escolha, ser homofóbico é”, que foi amplamente divulgada por ativistas da causa LGBTQIA+, no dia internacional contra a homofobia, publicou na ferramenta Stories de sua conta no Instagram, a frase “ser homofóbico é uma escolha, ser gay também”.

Desde então, a vereadora Edna Sampaio passou a acusar Cattani, por meio de vídeos e textos em suas contas nas redes sociais, de ter cometido crime de homofobia, delito este que ele nunca foi sequer julgado ou condenado.

Participe do nosso grupo de Whatsapp

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mais popular

Feito com muito 💜 por go7.com.br
Pular para o conteúdo