O Hospital Regional de Alta Floresta, passou a adotar um novo formato de atendimento à população, com a entrada em funcionamento do Complexo Regulador Macro Norte, que tem sede em Sinop. Seguindo modelo de atendimento já oferecido na capital, Cuiabá.
Uma normatização da Secretaria de Estado de Saúde está elegendo as unidades regionais para atendimento de maior complexidade, hoje o Hospital Regional de Alta Floresta é considerado de média complexidade e a estratégia da SES é de que cada Hospital Regional seja de alta complexidade, para fazer procedimentos mais avançados.
A partir de agora, pacientes serão aceitos na unidade somente após regulação. Atualmente, o Hospital Regional de Alta Floresta já recebe pacientes de outras regiões do estado, nas áreas de pediatria e obstetrícia, que vem regulados.
Com a mudança, dependendo da gravidade do caso, o profissional médico dos Pronto Atendimentos ou Hospitais Municipais deverá realizar a entrada dos dados do paciente no Complexo Regulador Macro Norte, que verificará em qual unidade do estado há vagas disponíveis para atendimento.
Com isso, caso não houver vaga em Alta Floresta, o paciente poderá ser transferido para qualquer outra unidade do estado, algumas mais distantes, como Primavera do Leste, Cáceres e entre outras.
Um vídeo compartilhado em redes sociais ontem, por dois vereadores de Alta Floresta, alegando que o Hospital Regional de Alta Floresta não receberia mais atendimentos encaminhados pelo Corpo de Bombeiros a partir de segunda-feira (29), gerou preocupação na população, mas a Secretaria de Estado, por meio de nota encaminhada a redação do Notícia Exata afirma que o atendimento de emergências e urgências encaminhadas pelo Corpo de Bombeiros continua normalmente.
A implantação da medida já havia sido comunicada em 17 de janeiro de 2023 as autoridades pelo Hospital Regional de Alta Floresta. Conforme documento obtido pelo Notícia Exata, o ofício circular 001/2023/HRAFAS/SES foi encaminhado a Superintendência de Gestão Regional da Secretaria de Estado de Saúde, ao Escritório Regional de Saúde de Alta Floresta e as Secretarias Municipais de Saúde da Região do Alto Tapajós, avisando sobre as mudanças, ou seja, não é uma medida desconhecida das autoridades.
O documento destaca que a implantação das diretrizes é para a otimização de leitos de internação e que as informações deveriam ser repassadas a todos os profissionais dos municípios, evitando encaminhamentos desnecessários ou irregulares.
O oficio pontua que o Hospital Regional de Alta Floresta estará atendendo o fluxo somente de unidade urgência e emergência ou unidade hospitalar. Os encaminhamentos gerados por Unidades Básicas devem ser referenciados para as unidades de emergência municipais.
Além disso, o aceite do caso, de urgência e emergência, somente será realizado diante da disponibilidade de leitos no Hospital Regional de Alta Floresta, baseado no censo diário realizado por técnicos do Núcleo Interno de Regulação – NIR. Para os casos de risco eminente de óbito ou agravamento deverá ser acionado “vaga zero” a partir do contato do plantonista do pronto socorro do Hospital Regional.
O “vaga zero” é quando o paciente é levado a unidade por uma emergência, como é o caso do Corpo de Bombeiros.
O ofício ainda diz que os casos de urgência e emergência que requerem especialidades não disponíveis pelo Hospital Regional de Alta Floresta deverão ser regulados diretamente por cada município na central de regulação Macro Norte. Os casos que estiverem com risco eminente de óbito ou agravados será acionada a modalidade “vaga zero”.
O documento pontua que as medidas são para “modernizar” o Hospital. Em nota encaminhada ao Notícia Exata, a Secretaria de Estado de Saúde pontua que o Hospital Regional de Alta Floresta, é referência em procedimentos de média e alta complexidade e, por essa razão, os atendimentos são feitos via regulação, mediante especialidade e disponibilidade de leitos. A unidade também recebe pacientes via Corpo de Bombeiros.
Com a normatização é necessário que o município amplie os atendimentos no Pronto Atendimento Municipal, passando a funcionar como uma UPA, onde devem ser ofertados exames, raio-x e entre outros serviços de uma Unidade de Pronto Atendimento.