Em meio à caçada por criminosos que estão escondidos no Tocantins, policiais que integram a força-tarefa encontraram uma canoa com marcas de tiro na região do Parque Estadual do Cantão. O grupo fez ataques à cidade de Confresa (MT) e chegou à região de Pium no início da semana.
Em vídeo que mostra a embarcação, é possível ver que os suspeitos deixaram para trás, provavelmente na hora da fuga, alimentos, calçados e até vasilhas. Os trabalhos estão sendo feitos de helicóptero e barco e dentro da floresta entre a Ilha do Bananal e o Cantão. Nessa época do ano, a região está alagada, o que dificulta a locomoção das equipes.
Ontem quarta-feira (12), Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram três dos integrantes da quadrilha. Eles são Rafael Ferreira Pinto, de 34 anos, e Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreram em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém.
“As forças de segurança continuam integradas, continuam trabalhando nos três estados, Mato Grosso, Pará e Tocantins”, disse tenente-coronel da PM Noelson Carlos Silva Dias, comandante do 10° Comando Regional em Vila Rica (MT).
As equipes também localizaram embarcações que os suspeitos tentaram afundar assim que chegaram ao município de Pium, para não deixar rastros.
O estado recebeu apoio de Minas Gerais, que disponibilizou um helicóptero, já que a aeronave da Segurança Pública Do Tocantins está em manutenção. Quatro aeronaves do Mato Grosso estão sendo usadas desde domingo na busca pela quadrilha.
Ao lado do ministro da justiça Flavio Dino, em um evento em Brasília (DF), o governador Wanderlei Barbosa comentou sobre a crise, e teve como resposta a doação de uma aeronave por parte do governo federal.
Até esta quarta-feira, mais de 200 policiais fecham o cerco para localizar o restante do bando, que segue escondido na zona rural de Pium e municípios da região.
Força-tarefa
A perseguição começou no domingo (9) quando criminosos atacaram a cidade de Confresa, no Mato Grosso. Segundo a polícia, o grupo faz parte de uma quadrilha do ‘novo cangaço’. Fortemente armados, eles atiraram contra a base da PM, incendiaram pneus e tentaram assaltar uma empresa de valores, a Brinks.
A ação conta com forças policiais do Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Pará. Homens da PM de Minas Gerais também devem se juntar às buscas nesta quarta-feira (12). Uma base foi montada na sede da fazenda Agrojan e as buscas pelos suspeitos também contam com embarcações e aeronaves.
Nesta terça-feira (11) foram encontrados e apreendidos armamentos de grosso calibre, milhares de munições, coletes a prova de balas e até capacetes de uso militar.
Diante dos riscos, a Polícia Militar orientou que a população da cidade e zona rural evite deslocamentos na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km do em torno de Paraíso do Tocantins. Nesta região estão sendo feitos bloqueios.