sexta-feira, 26 abril, 2024
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Censo começa em Alta Floresta com número reduzido de recenseadores

O Censo, pesquisa realizada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], é a principal fonte de informação a respeito da população brasileira. É também uma operação complexa que precisará cobrir um território de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados para retratar as condições de vida e traçar o perfil dos brasileiros.

A partir das informações coletadas, são elaboradas políticas públicas. Cada município recebe os repasses de recursos, dos governos estadual e federal, de acordo com sua população. E também servem para as empresas no setor privado planejar suas políticas de mercado.

Wisley Vinícius de Lima Batista, Coordenador do IBGE da subárea Alta Floresta, informa que a metodologia de distribuição dos setores na cidade para a coleta de dados, segue o mesmo padrão nacional. Não leva em consideração zonas ou bairros, mas o número de unidades dentro do setor, sendo assim possível um bairro ser dividido em vários setores ou até mesmo um setor abranger vários bairros.

“Aqui como em outras cidades, distribuímos dois recenseadores para setores prioritários na coleta, mais tranquilos para os recenseadores trabalharem. Desta forma, podemos conhecer o trabalho do recenseador e entregar um trabalho mais rápido. São setores do perímetro urbano”, explica Wisley.

A maior dificuldade enfrentada na realização do trabalho, conforme ele, é a logística nos setores distantes do perímetro urbano e o fato de não ter pessoal suficiente até neste momento. O IBGE tinha uma previsão de contratar 47 pessoas, por contrato temporário, para realizar o serviço, mas conseguiu, até agora, apenas 17. [O cargo exige apenas o ensino Fundamental].

Outra dificuldade é a possível recusa das pessoas em fornecer as informações, o que até agora não está acontecendo.

Wisley Vinícius acrescenta que a população pode responder o questionário do Censo com segurança, pois os dados são protegidos por sigilo estatístico, que é inviolável. Os recenseadores também podem ser identificados, pois estão uniformizados e usam o crachá oficial do IBGE.

“Não pedimos dados bancários nenhum, apenas a renda. E algumas pessoas confundem que, ao dar esta informação, pode ter algum tipo de prejuízo para si. Mas o sigilo estatístico garante que esta pessoa tenha segurança em entregar estes dados e possa confiar no IBGE”, assegura.

O Censo também pode ser respondido pela Internet. Porém, esta opção está sendo pouca usada pelos moradores de Alta Floresta e ainda não dá para mensurá-la. No entanto, pode ser uma forma para as pessoas que não dispõem de tempo para atender o recenseador, responder os questionários do Censo.

Aline Lehmkuhl Dantas, Coordenadora de Área responsável pelo perímetro de Alta Floresta, assegura que todos os domicílios serão visitados pelos recenseadores. Na zona rural do município, conforme Aline, o trabalho será realizado conforme o planejamento elaborado pelo IBGE. Primeiro o recenseador fará a visita e depois, passa a supervisão do trabalho a campo.
Aline disse que uma das maiores dificuldades tem sido a falta de mão de obra, pois o município encontra-se com um déficit de 30 recenseadores. Eram previstas a contratação de 47, no entanto apenas 17 foram contratados.

“Começamos o Censo com mão de obra reduzida. Já vamos para o terceiro processo seletivo aqui em Alta Floresta e agora faremos mais treinamento para tentar suprir estas vagas. Como o recenseador é um cargo temporário, e por produção faz com que as pessoas não tenham interesse”, disse.

Apesar da coleta do Censo ser de responsabilidade do IBGE, Aline enfatiza que foi feito uma comissão de acompanhamento, integrada pela Câmara Municipal, Prefeitura e sindicatos.

“São três reuniões para tratar sobre o Censo. Fizemos uma antes do Censo começar, faremos outra no meio e outra no final. Chamamos os Vereadores, Sindicatos e Prefeitura para fazer este acompanhamento. A sociedade é informada sobre o nosso trabalho”, explica Aline.

A população de Alta Floresta está sendo receptiva com os recenseadores. Até agora, conforme ela, não houve registro de casos de morador que se recusou a receber os recenseadores para responder o Censo. O que há é que várias casas se encontram fechadas no momento da visita. Porém, vale reiterar que é possível, através das ferramentas disponibilizadas pelo IBGE, programar a visita do recenseador. 

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