quinta-feira, 24 abril, 2025
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Alta Floresta: trilha interpretativa oferece espaço para ensino da Educação Ambiental e Ecologia da Amazônia

O projeto “Trilha das Castanheiras” foi pensado pela mestranda Maísa Barbosa Lauton Nery e sua orientadora Professora Drª. Ivone Vieira da Silva, para a dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos do campus de Alta Floresta.

O projeto tem objetivo de construir uma trilha ecológica interpretativa, em uma unidade de conservação no Sul da Amazônia, que atue como instrumento de contato direto com a natureza, garantindo a acessibilidade, inclusive para pessoas com deficiências, sejam elas de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

Segundo a mestranda, o projeto foi pensado, em conjunto com a orientadora, para ser uma trilha interpretativa, com foco nos 5 sentidos, visando a acessibilidade e inclusão social. Desta forma, a ideia é que seja um diferencial, pioneiro em nossa região.

O trabalho conta com algumas parcerias, como o CEEDA – Centro Educacional Especializado em Deficiência Auditiva, além da CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Nas palavras de Maísa: “Com auxílio dos funcionários locais da Ceplac (Seu Zé, Zé Anjo e Artur) juntamente com uma equipe de voluntários (Amauri, Jaqueline, Willian e Denis) deu-se início a este plano desafiador. Abrimos a trilha no campo experimental da CEPLAC, à 22 km de Alta Floresta, em setembro de 2020, em meio a uma pandemia, e desde então todo mês é executada alguma tarefa importante na trilha (Limpeza, sinalização, aplainagem, etc)”.

Em junho de 2021 a “Trilha das Castanheiras” ficou pronta para os testes, assim foram iniciadas as visitas voluntárias com pessoas com e sem deficiências, para avaliar e sugerir melhorias. Após 3 meses de visitas, será iniciada a fase de análise, para que, em 2022 ela seja enfim aberta ao público de Alta Floresta e região.

Objetivando a acessibilidade, toda a trilha é sinalizada, as placas são explicativas e possuem linguagem de sinais (Libras) e o sistema de escrita Braile. Além disto, a trilha é larga e plana para possibilitar a passagem de cadeirantes. Também há a presença das chamadas “Salas Bosques” que são áreas de convivência em locais estratégicos de contemplação da natureza, equipadas com bancos para descanso.

“A Educação Ambiental deve ser para todos, por isso nosso projeto foi pensado e embasado nesse conceito. Isso ajudará muitas pessoas a terem seu primeiro contato direto com a natureza, possibilitando experiências incríveis e assim de fato adquirindo a Educação Ambiental”, diz a mestranda.

Pensando também nos discentes, a trilha possibilitará aulas de campo sobre diversos temas, além de ser base para projetos futuros, pois, não há estudos nesta área. Atualmente utiliza-se apenas 10% dos 500 hectares da Ceplac, portanto, o projeto contribuirá para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, cooperando, assim, com a comunidade cientifica.

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