O flagrante de superlotação em ônibus escolares que atendem a escola estadual Marinês Fátima de Sá Teixeira foi tema da coletiva realizada na tarde de ontem, quarta-feira (15), na sede da prefeitura municipal de Alta Floresta.
Imagens registradas mostram alunos sendo transportados em pé, devido a superlotação, o que é proibido pela legislação de trânsito.
A secretária de educação de Alta Floresta, Lucinéia Matos, disse em entrevista que o município faz a gerencia do transporte escolar, das escolas municipais, estaduais e do setor rural e devido ao redimensionamento de algumas unidades de ensino, houve o surgimento desta situação.
Atualmente a educação de Alta Floresta atende 42 linhas na zona rural.
“Houve o surgimento de uma problemática muito grande, em relação a saída das escolas, em relação ao EPT que nós atendemos também no SENAI e dentro deste atendimento não tinha sido dimensionado o quantitativo de alunos que não foram pra Escola Dom Bosco, que é uma escola integral e vieram para o Marinês”, disse.
A secretária acrescentou que somente do bairro Jardim Panorama para a escola Marinês Fátima de Sá Teixeira são transportados mais de 50 alunos. “Como o nosso ônibus tem capacidade máxima de 60 lugares, então um ônibus seria apenas para o Jardim Panorama, colocamos mais dois ônibus extra para atender a demanda”, pontuou Lucinéia.
Apesar dos dois ônibus extra citados pela secretária de educação, ainda houve o transporte de alunos em pé e veículos superlotados.
De acordo com a secretária, pela legislação, a responsabilidade é de ser realizado o transporte rural e não urbano. “O nosso objetivo é trazer a criança da rural para a cidade, esse transporte que estamos fazendo para atender o redimensionamento ele é necessário para aquela criança que realmente não tem condições de vir para a escola, que o pai não trabalha no centro e que o pai não tem condições de sair do Panorama, Jardim Universitário, para vir para a escola e não é isso que está acontecendo”, disse.
Conforme a gestora da pasta, todas as crianças que estudam na escola estadual estão vindo com o transporte escolar.
Atualmente são atendidas escolas que tem o término do horário escolar e horários diferentes, sendo às 11h00, 11h30 e às 12h00, seguindo para oito comunidades rurais.
Lucinéia Matos destacou que solicitou a direção da escola Marinês que se faça uma carteirinha, para assim identificar o aluno que realmente precisa do transporte.
“Se nós tivessemos 100% do atendimento na zona rural, ai sim poderia se pensar em atender o aluno da zona urbana”, disse.
Escola Militar
Quanto ao transporte de alunos da Escola Militar Dom Pedro II – Furlani da Riva, a secretária destacou que a unidade de ensino localizada no centro da cidade é uma escola celetista e que o pai tem a opção de colocar o filho na unidade.
“A partir do momento que o pai tem a opção de colocar o filho ali e escolhe a escola onde o filho vai estudar, a obrigação do transporte é dele, porém, nós temos compromisso com os alunos da zona rural e os alunos da zona rural devem ser transportados. O que acontece é que quando o aluno da zona urbana, vê o aluno da Militar dentro do ônibus ele se acha no direito de também ter acesso ao ônibus e, não é isso”, acrescentou.