Davi Souto da Silva, 42, foi encontrado morto com sinais de espancamento dentro de uma das celas do Centro de Ressocialização de Sorriso, no final da noite de segunda-feira (13).
De acordo com as informações apuradas, policiais penais que estavam de plantão relataram à Polícia Civil que foram chamados pelos detentos que dividiam a cela com a vítima. Eles contaram que Davi estava passando mal.
Mas, quando chegaram, já encontraram a vítima sem vida, caída no chão. O corpo foi levado para a recepção da cadeia. Perícia foi acionada e constatou que a vítima tinha sinais de espancamento.
Havia lesões nos olhos, na cabeça e um sinal de enforcamento no pescoço – que aparente ter sido feito com corda ou fio. Davi estava preso pelo crime de extorsão. Ele aguardava a soltura, já que sua prisão tinha passado do prazo.
O decreto de prisão é de 2019, quando ele foi denunciado junto de outras 5 pessoas por ameaça e extorsão ao ex-prefeito de Guirantinga, Gilmar Mocellin. Na época da investigação, o grupo teria exigido R$ 800 mil para quitar suposta dívida relativa às terras ocupadas pelo ex-prefeito.
Davi dividia a cela 3, do corredor um, com ao menos 19 detentos. A Lista dos ocupantes já está em posse da Polícia Civil, que vai investigar o crime. Foi ressaltado que aos trabalhos da perícia foram prejudicados pelo fato do corpo ter sido retirado da cela. Além disso, as equipes não tiveram acesso ao local do onde ele foi morto.
Outro lado
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) confirmou a morte e negou que ele era advogado. Veja abaixo a nota na íntegra:
“A Sesp por meio da adjunta de Administração Penitenciária (Saap), confirma a morte do reeducando Davi Souto da Silva, 42 anos, do Centro de Ressocialização de Sorriso, ocorrida na noite desta segunda-feira (13.02).
Os policiais penais foram acionados com a informação de que um reeducando estaria passando mal, mas ao chegar na cela ele foi encontrado sem vida.
Uma equipe da Polícia Civil foi acionada e esteve na unidade levantando informações para embasar as investigações sobre as circunstâncias da morte.
Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) também esteve no local e deu encaminhamento aos procedimentos necessários à perícia.
Um processo interno também será aberto para investigar o caso. Informamos ainda que o reeducando, tampouco sua defesa, apresentou registro de advogado ou outra formação de nível superior.”