O delegado Bráulio Junqueira disse acreditar que Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, um dos autores da chacina de Sinop, foi ao bar em que cometeu o crime já predisposto a matar caso perdesse mais partidas de sinuca apostada.
Essa é uma situação que eu acredito, ele voltou já preparado: ‘Se der alguma coisa errada a gente vai fazer alguma coisa’. Tanto é que estavam com as armas no carro
Edgar se entregou na manhã de quinta-feira (23) e, apesar de ter apresentado sua versão informalmente, se manteve em silêncio durante o depoimento oficial. No entanto, a dinâmica do crime faz com que Junqueira creia na premeditação.
“Essa é uma situação que eu acredito, ele voltou já preparado: ‘Se der alguma coisa errada a gente vai fazer alguma coisa’. Tanto é que estavam com as armas no carro”, explicou o delegado em entrevista ao programa Encontro da TV Globo.
Durante a manhã da última terça-feira (21) Edgar perdeu cerca de R$ 4 mil, e na tarde daquele mesmo dia, após perder mais duas partidas, ele e o comparsa Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, executaram à queima-roupa sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos.
“Não houve nenhuma discussão. Assim que ele perdeu jogou o taco na mesa, deu o sinal para o comparsa dele, já buscar a arma e executa, não há discussão, já estava pré-disposto, já estava muito irritado com a situação”, completou.
Durante o trajeto à delegacia no momento da prisão Edgar conversou informalmente sobre o crime e apresentou sua versão do que aconteceu.
“Extraoficialmente o Edgar conversou com a gente numa boa e não soube informar a motivação. A única alegação dele é que o ‘pessoal havia entrado na mente dele’, teriam perturbado ele, tirado sarro, esse tipo de situação”, disse.
Segundo Junqueira as investigações “estão praticamente concluídas, nós apuramos a autoria, as circunstâncias, a motivação”, afirmou o delegado.
Ezequias foi morto em confronto com policiais do Bope um dia depois do crime.