terça-feira, 23 abril, 2024
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Alta Floresta: professor que tentou "tirar demônio" de aluna é exonerado da Unemat após 7 anos

Um professor do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Alta Floresta foi exonerado após permanecer seis anos sem aparecer na instituição de ensino. O docente, que é angolano, havia retornado ao seu país de origem em junho de 2013.

A exoneração do professor foi publicada no Diário Oficial de quarta (22). A Unemat havia aberto um procedimento para apurar o abandono de cargo.

A unidade alega que criou um processo de exoneração em junho de 2013, logo que foi informada que o docente havia deixado o país. No entanto, argumenta que como o servidor já não estava mais no Brasil, ele não assinou o documento para confirmar a saída do cargo. Desta forma, foram necessários quase seis anos para que representantes da universidade concluíssem o procedimento de exoneração e dessem o prazo necessário para atestar que ele não retomaria a função.

O angolano deixou o Brasil após se envolver em polêmicas enquanto lecionava no departamento de Ciências Biológicas de Alta Floresta. Conforme a Unemat, anos antes de deixar o Brasil, ele foi alvo de dois Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD): um por acusação de homofobia contra um estudante e outro por ter feito uma espécie de “tentativa de tirar demônio” de uma aluna que estava tendo convulsões.

Conforme notícia de 1° de março de 2012, no site MT Agora, uma universidade de 17 anos registrou boletim de ocorrência contra o professor. Ela relatou que teve uma crise convulsiva e ele começou a ridicularizá-la.

O irmão da universitária, que estudava na mesma turma que ela, relatou, na época, que o professor a apertou com força enquanto ela tinha a crise. “Nós pedimos para ele parar, porque estava machucando. Ele disse que tinha avisado que ela estava com o Demônio e o Satanás no corpo, que tinha que tirar isso, ali com ela se batendo no chão. Nós ficamos bravos com ele”, relatou o rapaz, em 2012.

A Unemat instaurou um PAD para apurar o caso. No ano anterior, ele já havia sido alvo de outro procedimento, por um caso de suspeita de homofobia, relatado por um aluno – a universidade não deu detalhes sobre a situação. Os dois procedimentos, porém, foram arquivados desde que o angolano deixou o Brasil.

Em razão dos imbróglios com os alunos, o professor foi suspenso pela instituição de ensino por meses.

De acordo com a universidade, o docente não recebe salário desde junho de 2013. A instituição afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que suspendeu os pagamentos desde a descoberta de que o angolano havia deixado o país.

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