quarta-feira, 6 novembro, 2024
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MT lidera, mas reduz em 73% o desmatamento na Amazônia

Sistema de alerta de desmatamento (SAD) mostra que Mato Grosso foi responsável por 45% de um total de 93 quilômetros quadrados de floresta derrubada na Amazônia Legal, em fevereiro passado. Apesar de estar na liderança entre os estados da região que mais desmataram no referido mês, o Estado reduziu em 73% a área desflorestada, o correspondente a 42 quilômetros quadrados, em relação a fevereiro de 2018, quando o desmatamento somou 154 quilômetros quadrados.

Os dados do SAD foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No geral, segundo o levantamento, em fevereiro de 2019, o SAD detectou 93 quilômetros quadrados de desmatamento, uma redução de 57% em relação a fevereiro do ano passado, quando o desmatamento somou 214 quilômetros quadrados. 

No mesmo mês de 2019, a derrubada da floresta também ocorreu em Roraima (24%), Pará (13%), Rondônia (9%), Amazonas (8%) e Acre (1%). Não houve detecção de degradação florestal. Já a maioria (69%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (24%), unidades de conservação (4%) e terras indígenas (3%). 

No Estado, três municípios aparecem no ranking dos mais críticos, sendo eles, Marcelândia, Paranaíta e Ipiranga do Norte. Os demais ficam em Roraima (Rorainópolis, Caracaraí, Mucajaí e Cantá), Amazonas (Apuí) e no Pará (Jacareacanga). Também aparece o assentamento São José União, na região de Matupá. 

Vale lembrar que em fevereiro, em uma ação realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), entre os dias 20 e 22, em conjunto com o Batalhão da Polícia Militar de Proteção Ambiental e 15ª Companhia Independente de Força Tática, foram apreendidos 667 m³ de madeira em tora na Fazenda Luar, no município de Nova Maringá. A quantidade, que equivale a 16 caminhões, foi doada para a prefeitura local e o material será usado para obras municipais de infraestrutura. Foram explorados ilegalmente 573 hectares no bioma Amazônia. 

Conforme informações divulgadas na época, a madeira apreendida é proveniente de exploração seletiva ilegal, que é a retirada de árvores aleatórias com interesse comercial sem autorização do órgão ambiental. A exploração irregular ocorreu em área contígua ao Plano de Manejo Florestal Sustentável. Como ambos foram explorados simultaneamente, apresentando relação direta, o manejo também foi embargado. Foi aplicada multa de R$ 573 mil por execução de manejo florestal em desacordo com a licença. 

A descoberta da área foi por meio de monitoramento por imagens de satélite, que constatou a exploração em andamento, fato comprovado “in loco” pela equipe de fiscalização. Na ocasião, os fiscais encontraram sinais recentes da derrubada de árvores, uma motosserra foi apreendida, porém ninguém foi encontrado na área. 

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