terça-feira, 7 maio, 2024
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Especialistas do ICV propõem metodologia e ferramenta para monitorar áreas em restauração florestal

A recomposição da vegetação nativa de áreas degradadas é obrigatória para imóveis rurais com passivo apontado no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Com isso, cresce a demanda por meios para monitorar o cumprimento dos compromissos e projetos de recomposição da vegetação nativa.

Por este motivo, o Instituto Centro de Vida (ICV) se reuniu com membros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e propôs a criação de uma metodologia e ferramenta que utilize imagens de satélite em alta resolução para acompanhar a restauração florestal.

Conforme explicou o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, o instituto trabalha com a Regeneração Natural Assistida (RNA) em municípios da Amazônia mato-grossense, como Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Cotriguaçu e Paranaíta. O projeto funciona desde 2020 em parceria com a WRI, Imazon e Suzano.

Cerca de 100 hectares em 50 propriedades dos municípios foram selecionados para a restauração florestal. Para monitorar o projeto, são utilizadas imagens obtidas por meio de drone. Também foram adquiridas imagens de satélite que permitem observar detalhes com precisão.

“Monitorar desmatamento é fácil, você tinha floresta e agora você não tem. Monitorar o ganho de floresta é mais difícil. Primeiro, porque é um processo que leva mais tempo. Segundo porque as áreas geralmente são pequenas e fica mais difícil ver as imagens de satélite”, disse.

A ideia, de uma forma geral, é adquirir imagens do início da regeneração e compará-las com imagens de pelo menos dois anos depois. O ICV dispõe de metodologia para interpretar o ganho de vegetação, baseada em áreas de restauração implantadas na região em anos anteriores.

Por fim, uma plataforma seria implementada em nível estadual para acompanhar a regeneração em diferentes biomas, como Pantanal e Cerrado.

“A gente sabe que o método funciona para o ambiente florestal, mas em outros ecossistemas já é mais complicado. O Cerrado e o Pantanal têm comportamentos de vegetação diferentes. Vamos consolidar um método para floresta e com a Sema e outros especialistas podemos ir escalonando para o estado”.

As imagens foram disponibilizadas para a Sema e devem ser inseridas no portal de dados geográficos do órgão ambiental. A proposta é que a secretaria e o ICV consolidem uma metodologia para interpretação e mapeamento da vegetação nativa com uso de imagens de alta resolução espacial.

“O estado tem percentual considerável de cobertura de vegetação nativa ainda, mas também tem muitas áreas a serem recuperadas. Uma parte dessas áreas a serem recuperadas já estão com projeto em andamento ou a serem implementadas. Cabe à Sema fazer esse monitoramento e a gente tem se colocado à disposição para compartilhar experiências e testar soluções em conjunto”, finalizou.

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