Com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Azul anunciou uma revisão em seu plano de negócios. A frota futura será reduzida em 35%. No fim de março, a empresa tinha 184 aeronaves de passageiros em operação, segundo dados do balanço do primeiro trimestre.
O objetivo de diminuir a frota é “melhorar a resiliência e reduzir o risco geral, a exposição cambial e a alavancagem”, de acordo com a apresentação a investidores, enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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Companhias aéreas costumam arrendar sua frota, o que eleva custos com leasing. Essa é, inclusive, uma das razões por que elas pedem recuperação judicial nos EUA, onde as dívidas com esse tipo de credor são automaticamente suspensas quando é iniciado o processo.
Com o novo pedido, a Azul estima reduzir as obrigações com arrendamentos de aeronaves em US$ 744 milhões entre 2025 e 2029.
Segundo a empresa, a reestruturação prevê US$ 1,6 bilhão em financiamento e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital. A companhia disse ainda que a recuperação judicial vai eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas
A expectativa é que o processo de recuperação judicial nos EUA seja finalizado entre o fim deste ano ou início de 2026, de acordo com uma fonte do setor.