Na semana que entra as advogadas e advogados do Mato Grosso escolherão aqueles que estarão a frente da Seccional Estadual da OAB pelos próximos três anos. Duas chapas se formaram e ambas vem buscando convencer os profissionais da melhor opção para a classe advocatícia e para a sociedade de modo geral.
Participo dos trabalhos da OAB há mais de dez anos. Iniciei dentro da Comissão de Direito Eleitoral, em uma época que a Justiça Eleitoral de Mato Grosso não passava por um momento de “mar de almirante”. Por conta de denúncias de venda de sentença, o presidente da OAB/MT, Dr. Claudio Stabille, pediu o imediato afastamento do Presidente do TRE/MT, Evandro Stabile, e do Juiz Eduardo Jacob. Logo depois a Corte foi assumida pelo Desembargador Rui Ramos, que cumpriu um papel importantíssimo no resgate da credibilidade da instituição.
Enquanto isso os integrantes da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MT, promoviam intensos debates sobre o direito eleitoral, além de colocar em prática inúmeros projetos em prol de toda a classe e da sociedade mato-grossense. Com muito orgulho eu estava lá.
Com o advento da Lei 13.105/15, o novo Código de Processo Civil, fiz a opção de me inscrever na Comissão de Direito Civil e Processo Civil. E lá se vão seis anos que participo ativamente dos trabalhos da Comissão. Junto de membros extremamente comprometidos não temo dizer que protagonizamos papel importante em prol dos advogados. Promovemos debates, criamos canais de comunicação direto com os colegas, auxiliamos em inúmeras demandas pontuais, elaboramos notas técnicas sobre os temas que demandavam maior ênfase, enfim, uma gama enorme de trabalhos que muito vem auxiliando os profissionais.
Recentemente, no período da pandemia de COVID, a demanda da Comissão aumentou exponencialmente. Devido às mudanças radicais na forma de trabalho do Poder Judiciário foram inúmeras as intervenções da OAB junto aos órgãos públicos, todas na pretensão de conferir ao profissional as melhores condições de trabalho e a defesa das prerrogativas da classe. Foram inúmeras as reuniões virtuais internas ou mesmo junto de representantes dos órgãos públicos. Muitas vezes sacrificamos nosso bem-estar e de nossa família para ajudar os colegas. Durante a pandemia percebi também que a OAB não se resumiu nas intervenções junto aos órgãos públicos. Fez muito mais, tentando de todas as formas atender as necessidades dos profissionais.
Outro ponto importante é que durante todo o período que participo da OAB nunca fui tolhido ao expor ideias e opiniões. Obvio que sempre houve a divergência de posições, algumas mais acirradas, outras serenas. Porém, advogados que não divergem, advogados não o são. O que sempre conseguimos é buscar a convergência entre pensamentos diferentes, e tudo visando atender nossos colegas profissionais. Aliás, o foco maior sempre foi proporcionar o melhor para os profissionais da advocacia, e não esquecer disso é fundamental para trilhar um bom caminho dentro da Ordem. Agora é chegada a hora de escolher o futuro da Ordem.
Gisela vem com uma proposta de continuidade do trabalho que vem sendo realizado na OAB. Possui uma história na instituição, sabe conduzi-la porque lá está há muito tempo. Entende qual é a postura correta que a instituição deve ter. Defende o fortalecimento das prerrogativas da classe, o que eu concordo em gênero, número e grau. Enfim colegas, notei durante minha caminhada dentro da OAB que sempre foi o foco de Gisela proporcionar aos profissionais da classe as melhores condições para exercer a atividade da advocacia, além de sua atuação em prol da sociedade.
Sim colegas, por experiência, acredito piamente que Gisela é a melhor opção para liderar a instituição na gestão futura.
(*) LUCIANO PINTO é advogado – [email protected]
