sábado, 4 maio, 2024
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Greve: Mendes e trabalhadores se reúnem amanhã para negociação

Representantes dos trabalhadores da educação e do Governo de Mato Grosso devem se reunir, amanhã (31), para discutir a pauta salarial e de melhorias na rede estadual de ensino reivindicada pela categoria que está em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira (27). 

Na tarde da última quarta-feira, o governador Mauro Mendes (DEM) se reuniu com deputados no Palácio Paiaguás, para tratar da paralisação. Na oportunidade, o governador reiterou que não tem dinheiro para pagar a Revisão Geral Anual (RGA) dos funcionários. 

O Estado também decidiu pelo corte dos pontos dos servidores que aderiram ao movimento seguindo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016. A rede conta com pouco mais de 40 mil profissionais. Segundo levantamento inicial da categoria, 90% da categoria aderiu ao movimento em Cuiabá. Já o Estado aponta que apenas 42% das unidades estão com as atividades paralisadas. 

Para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a resistência dos trabalhadores chamou a atenção dos parlamentares, o que acabou por gerar a agenda do sindicato com o governador, marcada pela primeira vez para esta sexta-feira (31), às 8h30 no Palácio Paiaguás. 

De acordo com o presidente do sindicato, Valdeir Pereira, a Assembleia Legislativa (AL) irá acompanhar as negociações, por meio da Comissão de Educação. Já, a partir da próxima semana, caso não ocorram os avanços necessários, os parlamentares voltarão a se reunir com o sindicato para tirar novos encaminhamentos. 

Na avaliação do presidente, a ausência de propostas por parte do governo “às pautas apresentadas é o grande impasse que levará à continuidade da greve, inclusive, com apoio de demais categorias de servidores, insatisfeitos com o descaso aos direitos constitucionais, como o não pagamento do RGA. Segundo ele, o movimento tende a se ampliar com apoio das demais categorias do executivo estadual. 

“Há necessidade de o governo negociar com a categoria, porque as ameaças que estão sendo encaminhadas para os trabalhadores inflamam ainda mais. O não, que estamos ouvindo, é rotineiro. O governo precisa apresentar proposta, porque o cenário de terra arrasada apresentado no estado não é permanente”, disse por meio da assessoria de imprensa. 

O Sintep informou ainda que recebeu no final do primeiro dia de greve (27) a resposta do governo a pauta de reivindicação da categoria. “Basicamente o governador Mauro Mendes, por meio da secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, e o procurador geral do Estado, Luiz Otávio Trovo de Souza, informaram que os educadores devem voltar para as escolas precárias, sem salário, e sem substituir os contratados da rede, pelo contrário, os ampliará em caso de exoneração”, apontou. 

Porém, conforme Valdeir, “a greve está em construção, e depende apenas de vontade política do governo para assegurar aos profissionais da educação e 390 mil estudantes da escola pública estadual a educação que é de direito”. Os dirigentes avaliam que o documento do governo busca vencer pelo medo a falta de argumento.

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