Depois de realizadas audiências que envolveram a Prefeitura de Alta Floresta, Poder Judiciário, Associação de Catadores de Recicláveis de Alta Floresta (ASCALFLO) e o comércio local, na sexta-feira, dia 17 fevereiro, foi dado o primeiro passo no sentido de fomentar as atividades da associação. E na sexta-feira, dia 24 de fevereiro, outra importante etapa foi vencida.
Através de uma articulação da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, com intermediação do Núcleo de Alta Floresta, o defensor público, Paulo Marquezini, viabilizou a presença da educadora ambiental na área de resíduos sólidos e facilitadora de processo na inclusão do catador, do lixão para a cidade, Aparecida Nascimento.
Aparecida explica como foi sua passagem por Alta Floresta. “Vim para ajudar os catadores a se organizar e também estive aqui para ajudar na sensibilização do município com os catadores. Esse trabalho aqui está começando”, argumenta.
Ela explica ainda que levará uma imagem positiva de Alta Floresta. “Eu já trabalho há alguns anos nesse auxílio aos catadores, mas é somente a segunda vez que vejo um prefeito dentro do barracão de um catador. Vejo que há interesse por parte da gestão em fazer dar certo esse projeto”, afirma.
Presente na roda de conversa o vereador Derci Paulo Trevisan – o Pitoco –, vê com bons olhos esse trabalho. “Achei muito interessante. Tenho acompanhado esse problema do lixo na cidade. Esse trabalho que está sendo realizado é bem-vindo”, disse. Trevisan explica que existe a possibilidade de transforma a ASCALFLO em utilidade pública, e isso, caso aconteça, abrirá um horizonte de novas possibilidades para os catadores.
A Juíza da Vara do Trabalho de Alta Floresta, pertencente a 23ª Região do Tribunal Regional do Trabalho, Janice Schneider Mesquita, diz que, além do município, faz-se necessário o envolvimento de toda a sociedade. “A reunião de hoje demonstra a necessidade de envolvimento de todos, especialmente do município. O município precisa criar essas estratégias que englobe toda a sociedade, para que esse material possa chegar até aqui na associação”.
O defensor público, Paulo Marquezini, avalia que o trabalho está se desenvolvendo. “Nossa intenção é ampliar para outros pontos do município. O trabalho está caminhando. Temos a impressão que vamos conseguir evolução para uma coleta seletiva”, avalia.
Por parte da Prefeitura de Alta Floresta, os trabalhos estão sendo realizados em uma ação conjunta das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Infraestrutura e Serviços Urbanos.
Em sua fala o prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba, destaca que, com a presença da articuladora em Alta Floresta, através da articulação da Defensoria Pública, os ensinamentos trarão uma nova visão aos catadores. “Ela trouxe sua experiência para Alta Floresta. Juntos estamos levando conhecimento e informação para os nossos catadores. Esse é um trabalho que envolve prefeitura e os demais parceiros”, finaliza.