Técnicos do Instituto Centro de Vida (ICV) ministraram na semana passada em Alta Floresta um curso de capacitação em sistemas agroflorestais para agricultores familiares e acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da Unemat.
A capacitação integra as ações do projeto Sistemas Agroflorestais para Corredores Ecológicos, coordenado pelo ICV no município. A iniciativa teve o apoio do Conselho Federal de Direitos Difusos do Ministério da Justiça.
O objetivo foi dar formação em restauração florestal, tendo como foco aliar a preservação ambiental ao fator econômico.
Desenvolvida em uma área de 15 hectares na Vila Rural II, a programação reuniu 35 participantes. Foram abordados aspectos como como o comportamento e o desenvolvimento de plantas em um sistema agroflorestal e também a viabilidade econômica desse tipo de produção.
Nas atividades práticas, os agricultores e acadêmicos puderam realizar a implementação do solo, a adubação correta e analisaram geograficamente a área para a realização do plantio.
ALTERNATIVA VIÁVEL
O biólogo Eriberto Muller, analista do ICV, disse que eventos de capacitação como esse fazem parte da filosofia da entidade, que tem como lema a busca por “soluções compartilhadas”. “Eu vejo que o ICV está cumprindo essa missão de buscar alternativas viáveis para o uso da terra. Nós conseguimos levar isso ao curso e as pessoas gostaram”, afirmou.
Ademar Muniz de Oliveira, proprietário da área que sediou o evento, disse ter ficado empolgado com a oportunidade. “Foi muito bom vocês trazerem esse curso aqui. O projeto é muito importante para restauração das matas na beira dos rios”, afirmou.
No caso dos estudantes, o curso proporcionou uma vivência com as teorias aprendidas em sala de aula. A universitária Eduarda Caroline Duarte Moraes, avaliou positivamente a experiência.
“O SAF é uma alternativa muito viável, não só economicamente, mas também por todo serviço ecossistêmico que esse ambiente natural vai proporcionar, protegendo o solo, melhorando o microclima local e também preservando o ambiente com as áreas de preservação permanente”.