Um projeto idealizado pelas professoras Doutoras Laila Natasha Santos Brandão e Mônica Caroline Pavan Cassel, do IFMT de Alta Floresta, deve se transformar em breve em realidade, trata-se da implantação de um laboratório de exames, que poderá inclusive realizar testes rápidos da COVID-19, por meio da técnica PCR, uma das mais rápidas e precisas existentes no momento.
Mônica é Doutora em Ciências (Área de Biologia Celular e Tecidual) pela Universidade de São Paulo e Laila é Doutora em Ciências Veterinárias pelo programa de pós-graduação em Ciências Veterinárias da UFMT.
De acordo com informações obtidas pelo Notícia Exata junto ao diretor do IFMT de Alta Floresta, Júlio César Santos, o laboratório assim que implantado, servirá tanto para a análise do COVID-19, como também a realização de exames e testes de qualquer doença causada por agentes biológicos infecto contagiosos, como vírus e bactérias.
“Ele é um laboratório não só para o teste do COVID, mas como neste momento é o COVID que gera tantas incertezas, ele vai ser usado para o teste do COVID”, disse.
O teste através do PCR detecta o vírus a partir do primeiro dia de infecção, tendo uma precisão elevada em relação aos testes rápidos, que identificam o vírus a partir do oitavo dia de contágio.
A partir do projeto pronto, o IFMT foi em busca de parceiros, pois é um projeto com custos elevados, somente em equipamentos devem ser investidos cerca de R$ 500 mil. Para isso foi procurado o consórcio intermunicipal de saúde da região, o qual através da prefeitura de Paranaíta irá adquirir da maioria dos equipamentos e cada município participante (Alta Floresta,Carlinda, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes e Apiacás) irá entrar com aporte financeiro para a aquisição dos reagentes para realizar a quantidade de testes que cada município achar necessária.
O laboratório quando instalado junto ao IFMT de Alta Floresta terá a capacidade de realizar cerca de 960 testes por semana. A previsão é de dentro de 40 dias ele esteja em operação, isso devido a aquisição e entrega de reagentes e equipamentos.
Além da parceria com os municípios do consórcio intermunicipal de saúde, também foi buscado recurso junto ao Ministério Público do Trabalho, SETEC e ao CONIF (Conselho dos Reitores dos Institutos Federais), o próprio IFMT também irá entrar com parte do recurso. O Ministério Público Estadual também está apoiando o projeto.
Conforme Júlio as Pró Reitorias de Administração e Extensão do IFMT, Campus Cuiabá estão envolvidas com o projeto.
A previsão é de que o investimento total chegue a casa de R$ 1,6 milhões.
“Esse laboratório vai deixar um legado para toda a região, pois será um laboratório que será usado a serviço da saúde da região, não só para o COVID, mas para vários outros tipos de doença”, disse Júlio.
Com os testes sendo realizados no IFMT de Alta Floresta, os municípios do consórcio poderão ter mais informações sobre o quadro contagioso do coronavírus, favorecendo a adoção de medidas de enfrentamento.
