A superlotação na saúde pública em vários municípios, tem levado os profissionais da saúde a exaustão. Há uma sobrecarga de trabalho para dar conta de tantos atendimentos de pacientes com sintomas de Covid-19 e gripe.
Em Alta Floresta, em três semanas, o número de atendimentos subiu mais de 400%.
Na última quinta-feira (20), em frente a unidade de Síndromes Gripais, o médico Luiz Vagner Golembiouski fez um desabafo após 36 horas de trabalho e mais de 300 atendimentos na unidade. A reclamação de um paciente, devido à demora no atendimento, provocada pela superlotação da unidade de saúde, foi a gota d´água, conforme o médico.
“Esse cidadão estava ali exaltado e eu tive que me exaltar um pouco mais com ele, para poder conter, antes que ele partisse para uma agressão física. Porque esse foi o meu medo no primeiro momento, que ele agredisse ali alguma funcionária”, declarou.
Em Alta Floresta, os atendimentos na rede pública de saúde aumentaram mais de 400% desde o começo do ano.
A secretaria de saúde já dobrou o número de profissionais na linha de frente. O município enviava uma média de vinte amostras por dia para analise, agora o número chega a 200 amostras por dia.
“A equipe está trabalhando realmente de forma sobre humana”, reconheceu a secretária de saúde Sandra Mello.
A secretária informou que disponibilizou um médico só para atender alta dos pacientes.
“Isso é um problema comportamental, essas festividades de final de ano, o reflexo apenas está começando e eu acredito, na minha opinião que vai ficar pior”, disse o médico Luiz Vagner.