sexta-feira, 19 abril, 2024
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Taxa de abandono no ensino médio chega a 5,8% em Mato Grosso

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que a taxa de abandono escolar no ensino médio da rede pública subiu cinco pontos percentuais no ano passado, em Mato Grosso.

Em 2020, o índice de estudantes que abandonaram as instituições de ensino que ofertam a última etapa da educação básica foi de 0,8% enquanto, em 2021, chegou a 5,8%. 

No país, o percentual de adolescentes matriculados no ensino médio que deixaram as escolas foi de 2,3%, em 2020, enquanto que, no ano passado, a taxa foi de 5%.

Os números foram divulgados na noite de quinta-feira (19) pelo Inep e integram os resultados finais da segunda etapa do Censo Escolar da Educação Básica 2021.

A primeira fase foi divulgada no início deste ano.

Os dados revelam os efeitos da pandemia da Covid-19 na educação básica e servem de alerta para as autoridades públicas.

Ainda no Estado, os dados do Inep revelam que, em 2021, a taxa geral de aprovação no ensino fundamental foi de 98,6 pontos percentuais.

Em se tratando apenas dos anos iniciais esse índice sobe para 99,4% e, dos finais, cai para 97,5%. Já a taxa de reprovação ficou em 1,0%. Ainda nesta etapa escolar, a evasão foi de 0,4%, no ano passado.

No ensino médio, a taxa total de aprovação estadual obtida foi de 82,4% e a de reprovação 12,3%.

Neste último caso, levando-se em consideração apenas a rede a privada esse percentual é de apenas 1,0% enquanto no sistema estadual chega a 12,9%.

Já a taxa geral de abandono do Estado, englobando todas as redes (municipal, estadual, federal e privado) é de 5,3%.

Mas, quando se trata somente da rede estadual esse índice subiu de 0,7%, em 2020, para 6,1%, 2021.

No sistema particular, a evasão foi de apenas 0,2% no ano passado.

O Censo Escolar é a principal pesquisa estatística do Governo Federal sobre a educação básica.

O levantamento, coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de educação, serve de base para o repasse de recursos.

Os dados abrangem as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional.

BUSCA ATIVA – Durante o “Seminário Estadual da Busca Ativa Escolar”, realizado dia 16 deste mês, o presidente do Comitê da Educação e ouvidor-geral do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Antonio Joaquim, chamou a atenção dos gestores públicos para o alto índice de crianças fora da escola em Mato Grosso, que saltou de 23 mil, em 2019, para 70 mil, em 2020.

“Será que existe algo mais importante do que retirar as crianças da escuridão da ausência da sala de aula?”, indagou Joaquim.

“Busca Ativa” é uma ferramenta desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o intuito de combater a evasão e abandono escolar.

Para ele, os números de abandono escolar no Estado, o conselheiro classificou como vergonhosos. “Precisamos sair desse índice, que nos causa constrangimento, até o fim de 2022”, disse.

Na oportunidade, o conselheiro chamou a atenção para o fato de que 99% dos municípios aderiram à plataforma do Unicef, mas apenas pouco mais de 50% estão efetivamente trabalhando.

OUTRO LADO – A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) foi procurada pela reportagem do Díário para se posicionar sobre o assunto, mas, até o edição desta matéria, não havia se posicionado.

Vale lembrar que, na última quarta-feira (18), o órgão estadual de Educação apresentou o “Plano Estadual de Recomposição de Aprendizagem”.

A proposta que contempla todos os níveis de escolaridade e busca minimizar as perdas de aprendizado.

Conforme a assessoria da Seduc-MT, o plano oferece estratégias ou trilhas, que podem ser aplicadas em cada contexto diferenciado de escolaridade.

Além disso, a Seduc intensifica a formação de professores para garantir apoio socioemocional, uma demanda atual que se alia a ações de busca ativa dos alunos que estão fora de sala de aula.

“Sabemos que esses resultados não vão acontecer em curto prazo, acontecerão em médio e longo prazo, mas temos um plano com ações muito claras, pois sabemos onde queremos chegar. Agora é trabalho de formação, orientação, ajudando nosso professor dentro da sala de aula para utilizar as metodologias ativas, orientando o coordenador pedagógico para que ele faça essa força-tarefa junto com o professor”, disse, durante o evento, o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.

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