A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) a Operação Lençol de Areia, que apura um esquema de prostituição em troca de ouro obtido de forma ilegal no interior da Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso. A ação também investiga os crimes de manutenção de casa de prostituição e usurpação de bens da União.
As investigações tiveram início a partir de uma denúncia anônima, que revelou a existência de um prostíbulo e bar clandestino operando dentro da área de garimpo ilegal conhecida como Garimpo do Cururu. Conforme apurado pela PF, a principal investigada oferecia serviços sexuais em redes sociais, utilizando o ouro extraído ilegalmente como forma de pagamento — prática que reforça a ligação direta entre a exploração sexual e a atividade garimpeira criminosa.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, autorizado pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres (MT), os agentes estiveram na residência da suspeita, onde buscaram novas provas que possam confirmar e ampliar os elementos já reunidos na investigação.
A Polícia Federal informou que o trabalho de apuração continua e que o objetivo é identificar todos os envolvidos no esquema, incluindo possíveis financiadores e beneficiários da exploração sexual e do ouro ilegal. Segundo o órgão, os crimes atingem o patrimônio da União — já que o ouro pertence ao Estado — e violam os direitos das comunidades indígenas que vivem na região.
A operação reforça o combate da PF às práticas criminosas que se entrelaçam com a mineração ilegal, associando exploração sexual e degradação ambiental em territórios protegidos.
Com informações da Polícia Federal