domingo, 19 maio, 2024
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Operação VITAE 3: seis pessoas são presas em Alta Floresta, armas e drogas também apreendidas

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) desencadeou nesta quarta-feira (08) a Operação Vitae III nas Regiões Integradas de Segurança Pública de Alta Floresta e Juína. A operação é fruto de uma investigação que já dura cinco meses na regional de Alta Floresta.

O objetivo da operação é combater o tráfico de drogas, que impactou no aumento dos homicídios nas duas regiões neste ano. São cumpridos 87 mandados judiciais de prisões e de buscas e apreensões.

Estiveram envolvidos cerca de 150 agentes públicos, dos 87 mandados de prisão preventiva, 33 foram cumpridos, 3 em flagrante delito, sete armas foram apreendidas, também houve a apreensão de 2 quilos de pasta base de cocaína e porções médias de maconha.

A operação atingiu os municípios de Alta Floresta, Carlinda, Nova Monte Verde, Paranaíta, Juína, Juruena, Cotriguaçu, Cuiabá, Sorriso e Sinop.

Em Alta Floresta foram cumpridos seis mandados de prisão e também outros de busca e apreensão, entre os presos estão uma policial do sistema prisional e um advogado, que foi preso em Cuiabá, além deles também foram presas mulheres que estariam realizando atividades ligadas ao tráfico, em alguns casos, os maridos estão presos e elas assumiram a função dentro da organização.

O delegado Pablo Carneiro, que conduziu as investigações, disse em coletiva que a pessoa que comanda a organização criminosa já está presa, com uma pena elevada e os outros que foram presos em Alta Floresta seriam pessoas em escala abaixo da líder da facção.

“Eles possuem uma hierarquia, a estrutura deles não é uma mera associação criminosa e sim tem toda estrutura típica de organização criminosa. Entre os presos, alguns já ostentavam passagens por crimes relacionados ao tráfico e outros não tinham nenhum registro policial. Entre eles um agente público e um particular que exerce função essencial a justiça, conseguimos comprovar por meio de investigação que eles integravam essa organização criminosa”, disse.

A delegada regional Ana Paula Reveles destacou o resultado da operação e envolvimento das forças de segurança do estado.

“Deflagramos a operação que contou com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, POLITEC, Sistema Penitenciário e a Polícia Civil, hoje foi o fechamento deste trabalho que já dura cinco meses, no total foram mais de 100 quilos de entorpecentes, o foco deste trabalho é sobre uma organização criminosa que se instalou em nossa região, que fomentava o tráfico de drogas, roubos e crimes contra a vida, inclusive contra os próprios integrantes da organização", pontuou.

A Polícia Militar também esteve integrada na operação, Coronel Arruda, do 9º Comando Regional destacou que houve o envolvimento de policiais militares de outros municípios para reforçar o cumprimento dos mandados.

“Quando trabalhamos em conjunto, direcionado com um objetivo especifico, atinge-se o sucesso. Essa operação que foi planejada cumpriu mandados, resultando em prisões e apreensões, foi uma operação positiva e vamos continuar trabalhando juntos em prol a segurança da sociedade”, disse.

Já o Corpo de Bombeiros esteve presente atuando na salvaguarda dos policiais envolvidos. Coronel Ranie, Comandante Regional do Corpo de Bombeiros em Alta Floresta explicou a participação dos bombeiros militares na operação.

“Atuamos na questão da salvaguarda dos policiais e possíveis vítimas caso houvesse confronto armado, tínhamos uma equipe dos bombeiros em todos os municípios em que foi feita a operação, para em caso de necessidade os bombeiros estariam prontos para auxiliar”, disse.

Considerando análise dos dados obtidos pela Superintendência do Observatório de Violência da Sesp, de janeiro a 05 de julho, os crimes de homicídios em Alta Floresta subiram 110%, saltando de 10 casos em 2019 para 21 em este ano. Já em Juína, o aumento foi de 44%, passando de 30 ano passado para 44 em 2020.

O delegado geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Aravéchia de Resende, esteve presente no município de Alta Floresta, prestigiando o trabalho investigativo realizado.

“Esse trabalho investigativo que é o carro chefe da polícia civil tem se aprimorado com o passar dos anos e a postura que se tem adotado em Alta Floresta vai fazer com que a cidade agradeça nos próximos meses e anos se esse modal de trabalho permanecer. Infelizmente Brasil a fora, organizações vem se estabelecendo e muitas vezes por fragilidades institucionais não tem se chegado a resultados efetivos ao combate de crimes de organização, aqui em Alta Floresta tem se mostrado diferente”, destacou.

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