Na manhã desta terça-feira (26.08), um homem em situação de rua — ainda não identificado — foi encontrado morto em um terreno baldio, da antiga delegacia de Guarantã do Norte (MT). A vítima apresentava ferimentos na região da cabeça, característicos de espancamento.
Segundo informações preliminares, trata-se possivelmente do mesmo indivíduo que, algumas semanas antes, se envolveu em uma briga com facão na Praça da Cultura. Próximo ao corpo, policiais encontraram duas pedras de calçamento com marcas de sangue, suspeitas de terem sido utilizadas no crime.
A Polícia Militar foi informada de que o principal suspeito havia trocado de roupa e tentava atravessar a Praça da Cultura. Os agentes se deslocaram até o local e abordaram três homens, um deles teria estado junto com a vítima na noite anterior, sendo conduzido a delegacia para esclarecimentos.
Ele alegou que outros 4 homens teriam chegado ao local e agredido a vítima.
Policiais civis e peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) permaneceram na cena para investigar as circunstâncias do homicídio e confirmar a identidade da vítima.
Dados sobre moradores de rua em Mato Grosso
Este trágico caso destaca uma realidade alarmante: o expressivo aumento da população em situação de rua em Mato Grosso nos últimos anos. Conforme levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/UFMG), o número saltou de apenas 125 pessoas em 2013 para aproximadamente 3.603 em dezembro de 2024, um aumento de mais de 2.700 %.
Em Cuiabá, capital do estado, o aumento também é preocupante: de 62 moradores em 2013, passou-se para cerca de 1.561 em 2024, representando 43% do total de pessoas em situação de rua no estado.
Em outra estimativa recente, o número de pessoas vivendo nas ruas de Mato Grosso chegou a 3.110 em 2025, conforme levantamento feito este ano, mostrando uma trajetória de crescimento contínuo.