O delegado João Lucas, responsável pela Divisão de Furtos e Roubos da Polícia Civil de Alta Floresta, falou nesta quinta-feira (16) sobre o caso do roubo ocorrido na madrugada de quarta-feira (15) em uma conveniência e distribuidora de bebidas da cidade, que terminou com a apreensão de uma adolescente de 17 anos, suspeita de envolvimento no crime.
Segundo o delegado, quatro pessoas participaram da ação — três homens e uma adolescente. Os criminosos invadiram o estabelecimento armados, logo após o fechamento, e renderam o proprietário. “A partir do momento que tivemos conhecimento da situação, iniciamos as investigações e logo depois do almoço conseguimos a apreensão dessa menor de idade que estava envolvida no roubo”, afirmou João Lucas.
Durante o crime, os suspeitos subtraíram dinheiro e mercadorias, além de levarem a arma de fogo pertencente ao proprietário. Em seguida, foram até a residência da vítima, onde mantiveram o casal refém e realizaram transferências e empréstimos bancários pelo aplicativo da vítima. “A vítima e a esposa foram agredidas, inclusive com coronhadas. Foi um crime violento e articulado”, relatou o delegado.
Ainda conforme João Lucas, os três suspeitos já foram identificados, mas seguem foragidos. A suspeita é de que eles não sejam moradores de Alta Floresta e tenham vindo à cidade apenas para cometer o crime. “Eles estavam em outro bar, ingerindo bebidas alcoólicas justamente com essa adolescente, e, ao saberem que o estabelecimento fecharia, decidiram agir. A adolescente, inclusive, tentou apagar as imagens das câmeras de segurança, mas felizmente estas imagens estavam salvas na nuvem, tivemos acesso a elas, apareceram todos os suspeitos com o rosto limpo e usando ali as armas”, explicou.
João Lucas não descarta que o local tenha sido previamente estudado e o roubo arquitetado.
O delegado também destacou que os investigados teriam ligação com uma facção criminosa. Durante o roubo, eles falavam o tempo todo com alguém por viva-voz, que seria o chefe do grupo. “A gente acredita que sejam integrantes de uma facção criminosa aqui do estado, falavam com um outro que seria supostamente o chefe ali deles, que de acordo com a vítima, estaria até em outro estado. Mas este chefe que dava as ordens e estes integrantes cumpriam”, disse.
A menor apreendida será encaminhada para audiência de custódia e poderá permanecer internada em unidade socioeducativa por até três anos, conforme decisão judicial. “Ela nega participação e diz ter sido coagida, será levada para audiência de custódia, para que o juiz decida a apreensão dela ou não. Como ela é adolescente ela pode ficar apreendida, internada em local específico por até 3 anos, mas fica a critério do juiz. Ela não tem antecedentes criminais”, informou João Lucas.
As investigações seguem com o objetivo de localizar e prender os demais suspeitos. “A Polícia Civil não vai permitir que esse tipo de crime cresça em Alta Floresta. Já conseguimos identificar os envolvidos e seguimos firmes para realizar a prisão deles”, concluiu o delegado.