quinta-feira, 9 maio, 2024
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Aprosoja é alvo de busca da PF e tem contas bloqueadas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) relatou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que há fortes indícios sobre a continuidade da preparação de atos antidemocráticos para o 7 de setembro e pediu prisões, buscas e bloqueio de contas bancárias de supostos financiadores.        

As medidas foram autorizadas pelo ministro e são cumpridas pela Polícia Federal desde a sexta-feira (3) contra bolsonaristas que estão organizando e arrecadando fundos para a realizações das manifestações.        

As ações são desdobramento da investigação aberta pela PGR e que mirou o cantor Sérgio Reis e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, em Sinop, no final de agosto.      

  Na tarde desta segunda feira a sede da Aprosoja-MT, em Cuiabá, também foi alvo de busca e apreensão. A suspeita de que a associação seja financiadora dos atos levou Moraes a autorizar o bloqueio de saques nas contas da entidade e dos fundos integrados por ela até quarta-feira (8).        

  Agentes da Polícia Federal vasculharam a sede da Aprosoja, na região do CPA, em busca de documentos que subsidiassem o suposto financiamento de apoiadores para os atos de 7 de setembro.          

A medida, diz a decisão do ministro, teria como base a existência de uma “suposta atuação mediata que se daria por meio de ativos alocados em pessoas jurídicas para o financiamento dos investigados e de atos antidemocráticos”.          

Alexandre Moraes alegou que os bloqueios são necessários “para coibir eventuais financiamentos dos atos antidemocráticos marcados para o próximo dia 7 de setembro”.      

  “À guisa de exemplo dessa organização, cita-se a utilização de receitas advindas da Aprosoja Nacional, e de possível uso da estrutura da APROSOJA-MT (de onde é originário o atual presidente e investigado) a serem destinadas aos apoiadores de atos antidemocráticos”, justificou a PGR em seu pedido.      

  “Para tanto, seriam utilizados fundos (FETHAB e IAGRO) compostos por recursos públicos (contribuições), os quais, segundo documento dos autos, não possuem uma maior transparência nem têm sido destinado para suas finalidades originárias, mas sim, como capital para o financiamento de agentes para a realização das condutas antidemocráticas acima descritas”, completou.        

APROSOJA – Através de nota encaminhada à imprensa, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) negou que tenha financiado ou até apoiado as manifestações antidemocráticas.          

“Aprosoja-MT e seus dirigentes esclarecem que jamais financiaram, apoiaram, ou convocaram a população para atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de ‘caminhoneiros’”, consta em trecho da nota.          

A entidade afirmou que forneceu toda a documentação necessária à PF e “nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados”.        

“A entidade preza pelos preceitos legais e constitucionais, e já está disponibilizando toda documentação solicitada, pois é a principal interessada no esclarecimento dos fatos, já que nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados”, conclui a nota.    

OUTROS – Além da Aprosoja, nesta segunda, também foi alvo de busca da PF a casa de Gilmar João Alba (PSL), prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), flagrado com R$ 505 mil em dinheiro no aeroporto de Congonhas (SP) em 26 de agosto.        

Os investigadores também estiveram no prédio da prefeitura e buscam explicação para a origem dos valores apreendidos com o prefeito.        

A investigação foi solicitada pela CPI da Covid, que levantou a suspeita de o dinheiro apreendido ter como destino o financiamento dos atos de 7 de setembro.        

Ao pedir as diligências, a PGR disse que era preciso ouvir Alba para que ele explicasse uma possível “ligação com o sindicato nacional dos caminhoneiros e com Aprosoja”.        

  O bolsonarista Márcio Giovani Niquelatti, conhecido nas redes como “professor Marcinho”, foi detido. A prisão foi realizada em Santa Catarina no domingo (5) após ele atacar e ameaçar Moraes em uma live.      

Outro preso foi Cassio Rodrigues de Souza, que se apresenta na redes sociais como policial militar e falou em morte para Moraes em suas redes socias.        

Ainda na sexta-feira (3), o influenciador bolsonarista Wellington Macedo foi preso preventivamente e um mandado de prisão contra o caminhoneiro Marcos Gomes, o Zé Trovão, um dos organizadores dos atos, foi expedido. A PF ainda não encontrou Zé Trovão.

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