sexta-feira, 3 maio, 2024
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Trabalhadores dos Correios e bancários temem contaminação

Diante de potencial risco de transmissão e de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19), os trabalhadores querem que o Governo Federal feche as agências da Empresa de Correios e Telégrafos (Correios) e suspenda os ,mantendo apenas a entrega de remédios e outros insumos indispensáveis para a saúde.

Medida semelhante cobram os bancários que atuam no ramo financeiro e cobram a interrupção dos atendimentos presenciais.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT), Edimar Leite, é foco de proliferação do novo coronavírus e se constitui numa grave ameaça para os funcionários bem como para o público que utiliza dos serviços da empresa.

Ele lembra que uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que é o de evitar aglomeração, sendo que, nesse momento, os Correios é um foco de transmissão.

"Os Correios não é, repetimos, nesse momento, um serviço essencial como a saúde, por exemplo", argumentou.

"Seja nas agências, nos centros de tratamentos de cartas e encomendas, nos centros administrativos, nos centros de distribuição onde os carteiros ficam um longo período aglomerados e depois saem para as ruas", acrescentou.

Leite reforçou que os carteiros são os mais vulneráveis, pois lidam diretamente com as pessoas nas ruas.

Os atendentes continuam nos postos manuseando dinheiro além das mercadorias que chegam de outros estados e países”.

O sindicalista disse entender que trabalhadores em todos os setores da empresa correm risco de contrair o vírus.

Como exemplo cita as mercadorias que chegam de fora do estado para os clientes da capital e interior que são focos de contaminação para os trabalhadores e população, já que não há condições para realizar a higienização destes itens que vêm de outros lugares do Brasil e vários países. Além disso, afirma que os funcionários não têm as mínimas condições de trabalho.

"Estamos todos com muito medo", disse.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários (Seeb-MT), Clodoaldo Barbosa, os trabalhadores do ramo financeiro também estão assustados com a possibilidade de contaminação pelo novo vírus.

“Não é para menos. As agências bancárias estão tumultuadas e, embora tomaram algumas medidas de prevenção, nós entendemos que não são suficientes como as questões de melhorar a limpeza, disponibilidade de álcool gel e estamos trabalhando com contingenciamento dentro das agências, mas não é o suficiente”, afirmou.

“E os banqueiros precisam adotar medidas mais enérgicas com relação a essa situação e suspender o atendimento bancário presencial”, completou.

Ele lembrou que a maioria dos serviços bancários podem ser feitos por atendimento digital ou nas plataformas digitais, além dos caixas eletrônicos.

“Nós queremos suspender os atendimentos presencial. Algumas situações, os bancários estarão dentro das agências e poderão atender. Então, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) precisa entender da urgência dessa medida. E é isso que estamos cobrando”, reforçou.

Por meio de nota, os Correios informaram que adotou medidas para minimizar os impactos da epidemia global no que se refere aos empregados da empresa e ao atendimento à população.

“Nas rotinas de atendimento e operacionais, os Correios informam que estão funcionando com contingente reduzido, mas seguem atendendo a população em todo o país. Os serviços, inclusive Sedex e PAC, continuam sendo postados e entregues regularmente. Orientações sobre a prevenção à Covid-19 também estão sendo divulgadas nas unidades de atendimento e nas redes sociais da empresa”, afirmou.

Lembrou ainda que, para evitar aglomerações, os clientes têm a disponibilidade dos canais eletrônicos de atendimento, como o aplicativo Correios – que contempla o serviço de pré-postagem e rastreamento, além da Central de Atendimento disponível no site da empresa (www.correios.com.br).

Entre as medidas internas preventivas, destacou que foram disseminadas a todo efetivo, orientações e cuidados básicos de higiene que reduzem os riscos de contágio pelo coronavírus.

“A empresa também providenciou a aquisição emergencial dos insumos que auxiliam na prevenção – álcool gel 70%, papel toalha e sabonete líquido -, para disponibilizá-los nos locais de trabalho e intensificou o serviço de limpeza e higienização das dependências”.

Entre outras ações, foi autorizado o trabalho em domicílio, por 15 dias, a empregados que estiveram em viagem ao exterior, ou que tiveram convívio com pessoas infectadas.

Gestantes, lactantes e grupos de risco (pessoas com 60 anos ou mais e pessoas imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves) foram autorizadas a executar a modalidade de trabalho remoto por 30 dias – a medida se estende a empregados que residam com pessoas enquadradas nesse perfil.

“A empresa permanece acompanhando e seguindo as orientações governamentais do Ministério da Saúde. Havendo qualquer nova direção, a estatal ajustará de imediato as medidas preventivas e procedimentos e fará a devida divulgação ao público”.

Já a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, por meio da assessoria, que, na última terça-feira, representantes da Federação Nacional dos Bancos se reuniram de maneira remota com as 236 entidades sindicais que representam os cerca de 450 mil bancários de todo o Brasil.

Como resultado, foi criada a Comissão Bipartite Covid-19, um canal direto e permanente de troca de informações entre bancos e as entidades que representam os bancários sobre as ações adotadas.

Na reunião foram confirmadas medidas dos bancos para proteção de clientes e funcionários.

As entidades informaram que milhares de bancários já estão trabalhando em esquema de home office, que os bancos dividiram as equipes que ainda estão atuando presencialmente e definiram locais de trabalho diferenciado para cada grupo de forma a reduzir o número de profissionais concentrados ao mesmo tempo nos locais de trabalho.

Além disso, foram criados novos protocolos de limpeza das agências e as equipes encarregadas da tarefa foram orientadas a intensificar a higienização, especialmente dos locais com maior contato das pessoas, como maçanetas, balcões, botões de elevadores e superfície dos caixas eletrônicos. 

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