Em uma cerimônia repleta de palavras como sonhos, desafios, sacrifícios, disciplina, conquista e alegria, 15 novos juízes e juízas tomaram posse na sexta-feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT). Eles foram aprovados no 2º Concurso Nacional realizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) em 2023, após sete anos sem concurso para a magistratura trabalhista.
Os novos magistrados são Priscila Lopes, Flávio Cunha Filho, Marcel Rizzo, Analuíza Policarpo, Lívia Xavier, Camila Stambazzi, Alberto Silva, Thais de Almeida, Marcelo Rauber, Taciano Vieira, Fernando Galisteu, João Lucas Degraf, Vinícius Granemann, Juliana Souza e Fabiane Reis. A cerimônia também marcou a posse, no TRT mato-grossense, do juiz Luciano Henrique Silva, removido do TRT de Rondônia e Acre (TRT-14).
A solenidade, realizada no plenário principal do TRT/MT, foi conduzida pela presidente do Tribunal, desembargadora Adenir Carruesco, e contou com a presença de autoridades ligadas ao sistema de justiça, magistrados, servidores, familiares dos novos magistrados, além do público que acompanhou a transmissão ao vivo pelo YouTube.
Após a assinatura do termo de posse, os novos juízes foram saudados pelos representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da OAB/MT e da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra/MT).
O procurador-chefe do MPT, Danilo Vasconcelos, parabenizou os novos magistrados pela “notável conquista” e destacou a importância da nova carreira. “Suas decisões terão impactos profundos na vida das pessoas, seja empregador, seja empregado e na sociedade em geral. Em muitos casos até para preservar essas vidas, prevenindo tragédias e promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e adequado”, frisou.
Ressaltando o bom relacionamento da justiça trabalhista mato-grossense com os profissionais da advocacia, a secretária-geral adjunta da OAB-MT, Adriana Tanssini, também fez votos de boas-vindas e de sucesso aos novos juízes.
A presidente da Amatra, juíza Dayna Lannes, lembrou a dedicação necessária para a aprovação nos concursos da magistratura, apontou os desafios na nova fase da vida dos recém-ingressos, mas enfatizou a ocasião como um momento de celebração. “Parabéns pela tenacidade, pela força e principalmente parabéns pela escolha que fizeram”, disse, referindo-se ao direito do trabalho. “Parabenizo ainda os familiares dos magistrados empossados, pois não se vai a lugar algum sozinho”, completou.
Falando em nome dos colegas, a juíza recém-empossada Priscila Lopes mencionou os desafios de uma jornada de anos de estudos, do tempo de dedicação em detrimento do convívio com pessoas mais próximas, sacrifícios e renúncias para investir em um sonho que, salientou, termina por se tornar um projeto familiar. “Hoje ingressamos nesta carreira tão honrosa”, afirmou. Ela citou o momento histórico de questionamento da justiça social e os desafios impostos nesse contexto. “Integrar a Justiça do Trabalho com nosso espírito livre, nossa obstinação e entusiasmo é uma prova de que não apenas acreditamos na necessidade de permanência do sistema de justiça social como queremos arregaçar nossas mangas e lutar unidos pela instituição e pelo direito fundamental de acesso à justiça, tal como disposto no artigo 5º da nossa Constituição Federal”, enfatizou.
Encerrando a solenidade, a presidente Adenir Carruesco reiterou os votos de boas-vindas, convidando os novos magistrados a construírem uma trajetória ética e corajosa. “Que nos momentos difíceis – e eles virão – vocês se lembrem da boa energia deste momento para manter o bom ânimo e continuar caminhando com determinação”, afirmou. Ao finalizar, a desembargadora exortou os recém-empossados para bem servirem à sociedade. “Que essa nova jornada, com a qual os senhores sonharam, seja exercida com alegria, coragem, comprometimento e, acima de tudo, ética. Vocês já demonstraram suficiente conhecimento jurídico para estarem aqui hoje, mas o verdadeiro magistrado, o que é mais importante na magistratura, é o comprometimento ético”, concluiu.