quinta-feira, 2 maio, 2024
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Nortão: encontro debate estratégias de crescimento para comercialização de frutas, verduras, laticínios e legumes da agricultura familiar

União. Esta foi a palavra que resumiu o 2º Encontro de Comercialização da Rota Local, iniciativa do Instituto Centro de Vida (ICV) para apoio na logística e comercialização de frutas, verduras, laticínios e legumes da agricultura familiar em alguns municípios da região Norte de Mato Grosso.

Isto porque membros das associações e cooperativas que estiveram presentes debateram a importância do diálogo e da parceria para que todos conquistem uma parcela significativa de vendas para o mercado institucional e para o mercado privado.

Conforme explicou o técnico do programa de Negócios Sociais do ICV, Luan Cândido, o objetivo da Rota é criar um mecanismo para que todas as pequenas organizações consigam centralizar a comercialização e, consequentemente, vender mais.

“Uma organização, por exemplo, tem 10 caixas de um produto. Outra organização tem 10 caixas e uma última tem apenas 1. O mercado quer 21 caixas. Com certeza todos vão conseguir abastecer essa demanda juntos, mas sozinhos eles não conseguiriam. Isso também barateia custos”, disse.

De acordo com os dados do ICV, o produto mais vendido pela Rota Local é a banana-maçã, seguida pela banana-da-terra e pela polpa de cupuaçu. Por semana, são transacionados mais de R$20 mil, o que totaliza de R$80 mil a R$100 mil no final do mês.

O coordenador do programa de Negócios Sociais do ICV, Eduardo Darvin, explicou que o encontro também teve o objetivo de pensar alternativas de financiamento da Rota Local a longo prazo. Atualmente, o projeto se mantém por meio de recursos do Fundo Amazônia/BNDES e Fundação Walmart.

“Hoje a Rota sobrevive 100% de recursos não reembolsável. A ideia é começar a discutir se vale a pena parte desse recurso ser reembolsável, se os próprios agricultores têm interesse e condições de construir isso, se eles querem bancar parte do projeto para ter mais autonomia e otimizar algumas ações.”

Intercâmbio

O técnico de Negócios Sociais, Odair Fagundes, contou que parte da equipe e dos agricultores fizeram um intercâmbio de experiências em São Paulo. Lá, eles aprenderam sobre como os pequenos produtores se organizaram para montar uma cooperativa central para atuar de forma significativa no mercado institucional da região.

“Hoje a gente tem contato com aproximadamente 7 organizações, e cada organização tem sua atuação municipal, mas a gente está tentando criar esse olhar de uma atuação a nível regional, a nível da região Norte de Mato Grosso”, explicou.

“A gente sabe que Mato Grosso é o maior produtor de commodities, mas ele não produz o alimento básico do consumidor do dia a dia, do hortifrúti, esses produtos que estão na mesa do consumidor, então é um mercado emergente”, complementou.

Fazem parte da Rota Local atualmente a Associação Guadalupe Agroecológica (AGuA), a Associação Comunitária do Projeto do Assentamento Vila Rural (Acopavir), a Cooperativa dos Produtores Hortigrutigranjeiros de Paranaíta (Coopervila), a Associação de trabalhadoras Rurais e Artesãs de Nova Morte Verde (Amurverde), a Associação Comunitária dos Produtores Rurais da Estrada Arapongas e Londrina (Apral), a Cooperativa Agropecuária Mista Ouro Verde (Comov) e a Cooperativa Mista de Pequenos Produtores do Setor Caná Limitada (Compasc).

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