sábado, 18 maio, 2024
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Mato Grosso tem R$ 1,14 bilhão em 178 obras paradas, afirma TCU

Atualmente, Mato Grosso tem 178 obras (36,3%) paralisadas, de um total de 491 empreendimentos que contam com recursos do Orçamento Geral da União (OGU).

São mais de R$ 1,14 bilhão de investimentos previstos em construções não concluídas.

Apesar de expressivo, o Estado teve uma diminuição no número de intervenções paradas nos últimos três anos.

Em 2020, eram 209. Porém, assim como verificado em nível nacional, a quantidade total de obras também reduziu significativamente (250 a menos).

Os dados atualizados são do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou, na quarta-feira (18), o processo sobre a gestão de serviços sem conclusão e que envolvem verbas do governo federal.

No Brasil, são 8,6 mil obras paralisadas, de um total de 21 mil existentes.

Em comparação aos últimos três anos, a porcentagem nacional aumentou de 29%, em 2020, para 41% em 2023.

Conforme o TCU, no mesmo período, a quantidade total de obras teve uma queda de 6.119 construções a menos, apesar do aumento do investimento previsto no país.

O valor total de recursos investidos passou de R$ 75,95 bilhões em 2020, para R$ 113,65 bilhões em 2023.

No Estado, o total de verbas previstas para aplicação é de R$ 4,8 bilhões, atualmente.

Deste total, R$ 3,69 bi estão em execução e pouco mais de R$ 1,1 bilhão parados.

Em 2020, o investimento total era de 2,3 bilhões em todos os empreendimentos. Apenas referentes aos serviços parados o montante era de pouco mais de R$ 353 milhões.

As obras paralisadas incluem a construção e ampliação de escolas, estradas e hospitais, entre outros.

Entre os setores, o mais prejudicado é o da educação básica, que lidera o ranking estadual com 73 construções paradas, seguida da infraestrutura e mobilidade urbana (34) e infraestrutura de transportes – Dnit (20).

Os demais são educação superior (11), turismo (9), saúde (7), saneamento (6), habitação (2), educação militar (1), além de agricultura, educação profissional e tecnológica e esporte, com três obras cada, entre outros (6).

No geral, a análise do TCU concluiu que o cenário é reflexo da fragmentação e insuficiência na coordenação, planejamento, priorização, monitoramento e avaliação da gestão das carteiras de obras paralisadas por parte dos órgãos do Centro de Governo no período de 2019 a 2022.

A avaliação é que falta uma visão global e estratégica para o problema.

O volume de recursos fiscalizados foi de R$ 27,22 bilhões, resultado da soma dos contratos de investimento no período.

O ministro relator do processo, Vital do Rêgo, enfatizou o impacto da paralisação das obras para a sociedade. “Esses problemas têm gerado impactos diretos e indiretos na população.

Afinal, além do desperdício dos recursos públicos investidos, a paralisação impede a população de usufruir benefícios de cada bem público não concluído”, disse, durante a leitura do voto.

Segundo ele, o TCU vai monitorar o cumprimento das determinações do acórdão e continuar atento para contribuir com a construção de soluções para essa questão tão sensível à sociedade brasileira.

A finalidade do levantamento do TCU é a melhoria das políticas públicas por meio da retomada das obras, medida essencial para a prestação de serviços ao cidadão.

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