quinta-feira, 11 dezembro, 2025
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Lançamento do novo iPhone traz onda de falsificações perigosas

Cada vez que a Apple lança um iPhone novo, a empolgação dos fãs logo é acompanhada por uma enxurrada de falsificações que chegam ao mercado. Esses dispositivos fajutos, frequentemente vendidos em lojas online a preços tentadores, não são mais apenas imitações baratas com peças frágeis. Cada vez mais, eles incluem em seu sistema sofisticados cavalos de Troia projetados para comprometer a segurança digital dos usuários desde o momento em que são ligados.

Uma ameaça digital oculta

Antes, era possível identificar um iPhone falso por meio de sinais físicos, como botões desalinhados, resolução de tela estranha ou erros de grafia nos menus. Hoje, embora esses sinais ainda existam, o maior perigo está abaixo da superfície. Pesquisadores de cibersegurança alertam que muitos iPhones falsificados vêm pré-instalados com arquivos de spyware avançados.

Para quem se pergunta “o que é spyware?”, trata-se de um software malicioso que pode contornar as proteções padrão, permitindo que invasores roubem credenciais bancárias, façam capturas de tela em conversas privadas e até mesmo ativem remotamente o microfone ou a câmera.

Para conseguir isso, os criminosos não precisam nem mesmo fabricar os aparelhos do zero. Em geral, eles reaproveitam dispositivos Android e os ajustam para se comportar como um celular Apple. Isso cria uma ilusão convincente: o aparelho aceita IDs da Apple, imita a interface do iOS e até executa aplicativos com aparência familiar. Mas, por trás desse verniz elegante, esconde-se um sistema operacional repleto de vulnerabilidades e backdoors ocultos.

Por que as falsificações são tão perigosas

Um celular falsificado não precisa apresentar defeitos físicos para causar danos. Com um spyware incorporado nele, os cibercriminosos podem coletar silenciosamente informações confidenciais como e-mails, credenciais de login, arquivos armazenados e até mesmo dados de localização. 

Os invasores também podem usar conexões ocultas com servidores remotos, transformando o aparelho em uma ferramenta de vigilância que transmite a vida privada do usuário para golpistas e outros criminosos.

Ao contrário de um carregador com defeito, esses riscos não são apenas inconvenientes, eles representam um comprometimento total da segurança digital dos usuários. As vítimas que se deixam enganar por essas falsificações podem, sem saber, entregar as chaves de suas contas financeiras, identidade pessoal e comunicações privadas, arriscando não só seu bem-estar financeiro, mas também expondo-se a problemas legais como fraudes e roubo de identidade.

Como identificar e evitar falsificações

Embora os falsificadores estejam se tornando mais sofisticados, ainda existem maneiras de se proteger. Especialistas recomendam, sobretudo:

  • Comprar apenas de revendedores autorizados. Embora mais caras, as lojas oficiais da Apple e parceiros verificados são as opções mais seguras.
  • Desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade. Um iPhone novinho em folha dificilmente custará uma fração pequena do preço de varejo.
  • Verificar o comportamento do dispositivo. Grafias estranhas no menu, versões incomuns de aplicativos ou comportamentos inesperados do sistema são sinais de alerta imediatos.
  • Acionar a Apple. Uma boa medida é confirmar o número de série ou IMEI no site oficial da Apple, ainda que essa etapa não seja infalível contra falsificações avançadas.

A moral da história, por fim, é que por mais tentador que uma pechincha online possa parecer, é melhor evitar mercados paralelos. Especialmente quando o risco não é só um celular com defeito, mas sim a perda da privacidade, das finanças e da segurança digital.

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