A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) iniciou o conserto dos quatro drenos que apresentaram falhas funcionais na barragem da Usina Hidrelétrica de Colíder, no norte de Mato Grosso. A informação consta em ofício encaminhado pela empresa à Câmara Setorial Temática da Usina Hidrelétrica de Colíder, na Assembleia Legislativa do Estado.
De acordo com o documento, a Eletrobras concluiu, no fim de setembro, a fase de diagnóstico técnico sobre as condições estruturais da usina. O levantamento foi conduzido desde a detecção de anomalias no funcionamento de alguns dos 70 drenos da barragem, identificadas em agosto, em conjunto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que também atua na gestão do empreendimento.
Segundo a companhia, as intervenções começaram em 29 de setembro e envolvem o preenchimento de vazios com argamassa coloidal, material que, conforme a nota, não oferece risco à segurança da população nem ao meio ambiente. A empresa reforçou ainda que a ação tem caráter preventivo e corretivo, e que a usina segue operando normalmente, dentro dos padrões de segurança e monitoramento.
As falhas levaram ao rebaixamento do nível do reservatório artificial — conhecido como “lago” pelos moradores de Colíder —, medida que resultou na seca de áreas antes cobertas pelas águas do Rio Teles Pires. O impacto ambiental e econômico foi estimado em cerca de R$ 100 milhões, segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Em nota, a Eletrobras afirmou que permanece à disposição para prestar esclarecimentos sobre os trabalhos e reforçou seu compromisso com a transparência e a colaboração com os órgãos competentes.
O assunto foi discutido durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta quarta-feira (8), quando o deputado Diego Guimarães (Republicanos) informou o início dos reparos e cobrou da Eletrobras a reparação dos danos ambientais, sociais e econômicos sofridos pelos municípios de Colíder, Cláudia, Itaúba e Nova Canaã do Norte.
“Esperamos que as informações sejam sempre atualizadas pela Eletrobras para que esse conserto seja o mais breve possível e, com o período da chuva, o fluxo de água possa voltar ao normal”, defendeu.
*com informações da assessoria ENZO VARINI TRES