Nos últimos anos, uma onda de “desafios” em redes sociais tem chamado a atenção de especialistas em saúde, educadores e autoridades de segurança pública. Apresentados muitas vezes como brincadeiras inofensivas, esses conteúdos escondem riscos sérios à integridade física e psicológica de crianças e adolescentes.
Entre os exemplos mais recentes, estão desafios que estimulam a automutilação, ingestão de substâncias perigosas e até a prática de atos de violência. A lógica é simples: quanto mais impactante a ação, maior a chance de gerar comentários e compartilhamentos. Essa busca por visibilidade, no entanto, pode levar a consequências irreversíveis.
De acordo com psicólogos, o público infantojuvenil é especialmente vulnerável a esse tipo de influência, já que está em processo de formação de identidade e mais suscetível à pressão dos colegas e ao desejo de pertencimento. “A validação virtual acaba sendo confundida com autoestima. Quando um desafio viraliza, muitos jovens se sentem obrigados a participar para não ficarem de fora”, explica a psicóloga infantil Mariana Souza.
As autoridades recomendam que pais e responsáveis fiquem atentos aos conteúdos acessados pelos filhos, estabeleçam diálogo aberto e monitorem sinais de comportamento atípico. A participação ativa da família é vista como uma das principais formas de prevenção.
Além do acompanhamento familiar, escolas também têm sido apontadas como espaços estratégicos para tratar do tema, promovendo palestras e projetos educativos sobre cidadania digital, segurança online e saúde mental.
O alerta é claro: o que parece diversão pode esconder graves ameaças. Por isso, a orientação é que famílias mantenham atenção redobrada e conversem com seus filhos sobre os perigos por trás desses desafios, reforçando sempre a importância de preservar a vida e o bem-estar acima de qualquer modismo virtual.