domingo, 5 maio, 2024
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Alta Floresta: prefeitura deve gastar R$ 42 mil para recuperar caminhão que tombou

No final do ano passado, precisamente no dia 15 de dezembro, foi noticiado que um caminhão da coleta de lixo da prefeitura de Alta Floresta tombou na rodovia MT-208, quando se deslocava para o lixão. As circunstâncias do acidente denotavam que, supostamente, o motorista estava em estado de embriaguez. 

No entanto, ninguém se atentou para um detalhe importante: quem pagaria os estragos causados no veículo?

Como o caminhão, apesar de seu valor, não ter seguro [assim como a frota de máquinas e veículos da prefeitura] tudo leva a crer que o prejuízo será pago com dinheiro público, dos impostos do contribuinte. 

O caminhão envolvido no acidente é um modelo Ford Cargos 1719, ano de fabricação 2018, placa QCY 4658, equipado com implemento para coleta de lixo. Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura, o custo do conserto do mesmo será R$ 24 mil de mão de obra e as peças custarão R$ 18 mil, com um preço total em torno de R$ 42 mil. O veículo está recolhido na secretaria de Obras e ainda não há um prazo de voltar a ser utilizado. 

Os estragos causados no veículo foram grandes. O lado do motorista, porta, farol, parabrisa e na parte de trás, a prensa ficou totalmente danificada.  

O motorista, que supostamente estava embriagado no momento do acidente, mesmo estando em seu horário de trabalho, foi preso e submetido a exame de bafômetro, o que teria comprovado seu estado etílico. Porém, após fugir do hospital onde recebeu socorro, se apresentou a polícia e foi liberado. 

O servidor era comissionado e foi exonerado pela prefeitura de Alta Floresta na ocasião do acidente. Porém, segundo informações da própria prefeitura, apesar de o mesmo não estar recebendo salário, seu processo de desligamento não foi concluído porque ele ainda tem que apresentar documentos para comprovar o uso de medicamentos que poderiam ter influenciado no resultado positivo do teste do bafômetro, realizado pela polícia no momento que foi detido.  

Segundo informações da prefeitura, a gestão anterior, não instaurou um Processo Administrativo Disciplinar [PAD] para apurar as causas do acidente, o que seria o procedimento formal na situação. 

Entretanto, a assessoria da prefeitura observa que o atual gestor ainda poderá determinar a abertura deste procedimento, para não correr o risco de incorrer em improbidade. 

O Procurador Jurídico da prefeitura de Alta Floresta, Dr. Kleber Coutinho, procurado por Mato Grosso do Norte, disse que no seu entendimento, a abertura do Processo Administrativo Disciplinar seria o normal. No entanto, pelo fato de o servidor não ser efetivo, a exoneração de seu cargo é a punição maior que ele poderia ter. 

“A gestão anterior pode ter entendido que ele sendo exonerado não seria necessário abrir o PAD. Mas isto ainda poder ser feito. Como houve uma situação de crime por dirigir em estado de embriaguez, há um boletim de ocorrência que irá gerar um inquérito”, observa.

O Procurador explica que a prefeitura tem prazo até no final do processo para entrar com uma ação contra o ex-servidor, pedindo indenização pelo dano causado. 

“A Procuradoria tem obrigação de entrar com a ação. Mas eu costumo avaliar a viabilidade, se quem vai ser acionado tem patrimônio para pagar o valor do prejuízo ao erário. Mas é difícil lograr êxito numa ação assim”, adianta. 

Sobre a prefeitura contratar ou não um seguro para sua frota, o Procurador observa que cabe uma avaliação para verificar se é compensatório financeiramente. 

Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, até na gestão passada, somente uma caminhonete da secretaria de Educação tinha seguro. 

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