sábado, 26 abril, 2025
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Alta Floresta: menina de dez anos é rendida por colega e tem cabelo cortado

O caso de uma menina de 10 anos que foi rendida por uma colega de escola e teve seu cabelo cortado foi registrado na semana passada em Alta Floresta e virou caso de polícia. A repórter Daine Carvalho da TV Nativa acompanhou o episódio.

Segundo a mãe da menor, a filha estuda na Escola Municipal de Jardim das Flores, localizada no bairro Bom Pastor. Na última quarta-feira, após buscar a filha na unidade de ensino, o comportamento da menina chamou a atenção da mãe.

“Chegou para almoçar e depois falou, eu vou deitar, ela disse que estava sentindo dor, ela deitou, aí deu duas e quarenta da tarde, ela acordou, chamei ela, vamos lanchar? Não, mãe, eu não quero comer, eu falei, por quê? Eu tenho que te contar um negócio. Ela veio, com um arquinho na mão, aí eu falei, por quê, filha, o que a menininha fez no meu cabelo?”, disse a mãe.

Ao descobrir a situação, imediatamente ela procurou a escola para cobrar uma explicação, onde foi orientada a esperar o próximo dia. Porém, ela decidiu procurar a polícia para registrar um boletim de ocorrências e na sequência, o conselho tutelar.

Para a mãe, ela contou que a responsável por ter cortado o cabelo dela é uma coleguinha de sala de também 10 anos. E os detalhes do momento chamam a atenção.

“Estavam quatro brincando, três amiguinhas dela e essa menina. Falaram, vamos ali ver um passarinho e as outras amiguinhas juntas. Ela falou, não, você não, senão o passarinho vai ter medo, vai voar. Ela pegou um elastiquinho, amarrou a mãozinha da minha filha, ele forçou com papel dentro da boca da minha filha e deu um chute nas costas ou no ombro da minha filha. Minha filha ficou de joelhos. Ela falou, vou cortar seu cabelinho igual cabelo de homem, seu cabelo é muito lindo”, relatou a mãe.

“Minha filha viu o priminho dela correndo meio longe, tentou, mas não conseguia falar por causa do papel na boca. Aí bateu o intervalo, ela falou, – sorte sua, mas amanhã eu termino. Se você contar pra sua mãe, amanhã eu te furo, te mato”, acrescentou a mãe da menor.

Ao saber do ocorrido, Sirley revela que foi um choque para ela e toda a família.

“Fica com medo agora de que essa menina, mesmo essa menina tendo 10 anos, esse comportamento dela não é um comportamento normal e de que ela possa fazer mal novamente. Não é normal. Ela fez para minha filha, ela pode fazer para outra aluna amanhã ou depois”, pontuou.

A reportagem também procurou a direção da Escola Municipal Jardim das Flores. O diretor da unidade, porém, no momento optou por não se posicionar em relação aos fatos.

Na avaliação do advogado da família, que também é pai, o episódio de fato é incomum, mas chama a atenção pela forma que aconteceu.

“É uma situação bem constrangedora, até porque são, duas crianças da mesma idade, cursando o mesmo período da escola. Isso deixou a gente chocado. A partir de agora, medidas judiciais serão tomadas. Porém, se tivesse furado o olho e progredido para outra coisa maior, quer dizer, ia encontrar um cadáver lá, não ia encontrar mais uma criança. Então, eu acredito que a escola pecou aí, houve uma falha muito grande, uma negligência no dever de guarda da escola. Porque quando eu deixo os meus filhos lá, você deixa o seu filho na escola, o que você espera? Está na escola, tem adulto, tem tutores, tem gente cuidando, então vou lá, vou buscar o meu filho, receber como deixei”, disse.

Segundo o advogado, será feita a ação de reparação de dano moral. “Vamos correr atrás da escola, que até a presente data, que já era para ter apresentado um psicólogo, um suporte para essas crianças, não apresentou, nem no município, ninguém. Então, vamos correr atrás, para tentar reparar, não vai consertar o problema”, adiantou o advogado.

Através da assessoria de comunicação da Prefeitura de Alta Floresta, a Secretaria Municipal de Educação foi procurada pela equipe de reportagem da TV Nativa, porém, até o fechamento da matéria, não haviam emitido nenhum tipo de posicionamento.

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