segunda-feira, 9 dezembro, 2024
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Alta Floresta: cursos da Escola Técnica podem parar por falta de recursos do governo estadual

A Escola de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) de Alta Floresta, assim como as demais unidades do estado, passa por grandes dificuldades de funcionamento em função do corte de recursos, desde o decreto de calamidade financeira do governo estadual. Escola é vinculada à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, que tem a frente Nilton Borges Gorgato.

Segundo o diretor da escola técnica em Alta Floresta, José Luiz Teixeira, até agora não houve uma definição por parte do governo sobre a situação. Entretanto, os cursos estão sendo interrompidos. O principal problemas, segundo ele, é que os contratos dos professores que ministram as aulas dos cursos, estão vencendo e não há definição por parte do governo de quando os mesmos serão renovados.

O curso de enfermagem está parado desde o dia 2 de abril e ainda faltam 400 horas de aulas para que os alunos possam concluí-lo. “As alunos estão preocupadas porque precisam concluir o curso e ter o diploma para obter o registro no Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso,  [o Corén]”, observa o diretor.  

 “Os cursos estão parando desde janeiro. A cada mês vence o contrato de um grupo de professores. Não sabemos se é uma estratégia do governo para economizar recursos e após julho retomar as atividades. Mas não há nenhuma definição até agora. Não sabemos qual é a política e não temos informação por parte do secretário”, acrescenta José Luiz.

O diretor acentua que as alunas do cursos de Enfermagem estão revoltadas com a paralisação das atividades e já recorreram até ao promotor de justiça, cobrando os seus direitos. Ele explica que além do curso de enfermagem, os demais também irão parar até no mês de junho, data que vencem todos contratos dos professores.

“Esperamos que o governo resolva com urgência a situação das escolas técnicas, para dar sequência aos cursos, porque senão o prejuízo social será grande”, enfatiza José Luiz.

A Escola Técnica de Alta Floresta atende a 96 alunos em três turnos, sendo 33 alunos por turnos.  Além do programa Jovem Aprendiz [desenvolvido em parceria entre a escola, Ministério do Trabalho e empresas], mais 9 cursos são desenvolvidos na Escola Técnica, dentre estes, o curso de Edificação Eletrotécnica, Administração e Gestão de Trabalho, Secretariado e Agropecuária, além de enfermagem que está parado porque os professores estão sem contrato.

Todavia, José Luiz acredita que o governo estadual irá resolver esta situação, em função da grande importância social da Escola Técnica. Conforme ele, a Escola atende a um público de trabalhadores que já estão trabalhando, mas que precisam fazer cursos para se atualizarem para o mercado de trabalho.

O diretor observa que estrutura da escola técnica é grande e não pode ficar ociosa, relembrando que a escola já teve 17 cursos técnicos, mas que esta quantidade vem diminuindo nos últimos anos. “Já era para estarmos fazendo seletivo para contratar professores. Esta demora pode ser uma estratégia para economizar despesas, mas a situação é urgente. Se esperar o mês de julho, o ano passa e o prejuízo será grande para os alunos”, analisa.

As empresas terceirizadas que fazem a manutenção do prédio e a segurança, estavam há três meses sem receber do ex-governador Pedro Taques e neste ano ainda não receberam nenhum recurso.

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