As montadoras Hyundai, Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) e General Motors vão conceder férias coletivas aos seus funcionários nos próximos dias na tentativa de reverter os impactos causados pela atual queda de venda de veículos no Brasil.
A decisão surge após a Volkswagen seus funcionários de três fábricas por problemas de fornecimento de peças para a produção de veículos entre os dias 22 de fevereiro e 3 de março. A alegação era a falta de chips usados em componentes de direção, equipamentos de som e faróis.
Em fevereiro, o setor automotivo já amargou a menor produção para fevereiro dos últimos sete anos, com a montagem de 161,2 mil veículos. Entre os emplacamentos, a queda na comparação com 2022 foi de 2,68%.
Neste mês, a primeira a interromper parte das atividades será na planta da Hyundai em Piracicaba (SP), responsável pela produção dos modelos Creta e HB20. Os afastamentos começam nesta segunda-feira (20) têm duração prevista de 20 dias.
“A ação tem como objetivo adequar os volumes de produção para o mês de março, evitando a formação de estoques e acompanhando a dinâmica do mercado interno de veículos para o primeiro trimestre do ano. Os volumes originais de produção programados para os demais meses de 2023 permanecem inalterados”, explica a montadora.
Na próxima quarta-feira (22), será a vez da Stellantis, que concede férias coletivas na planta de Goiânia (PE), com retorno ao trabalho programado para 10 de abril. No dia 27 de março, as atividades também serão interrompidas nos demais turnos, com retorno previsto para 6 de abril.
“As demais plantas da empresa continuam a produzir normalmente. A medida se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à disponibilidade de componentes”, afirma a Stellantis, em nota.
Na próxima segunda-feira (27), será a vez da General Motors estabelecer férias coletivas com a justificativa de readequar a produção após as demissões realizadas no final do mês de fevereiro.
As férias coletivas serão concedidas para 80% da fábrica, para o período de 27 de março e 13 de abril. “A interrupção do processo de demissões foi um importante avanço na busca pela estabilidade e dará um fôlego para continuarmos na luta em defesa dos empregos”, disse o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.