O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, ontem terça-feira (24), que existe a possibilidade de atraso no salário dos servidores do Executivo, como consequência da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o gestor, a perspectiva é de uma queda de até 30% na arrecadação no próximo mês.
“Não gostaria que isso acontecesse, mas a possibilidade da arrecadação cair de 20% a 30%. Se anda pouca gente na rua, gasta menos combustível e entra menos ICMS do combustível. Há probabilidade de cair muito a receita”, esclareceu o governador.
Em entrevista à TVCA, Mendes reafirmou que os servidores não sairão ilesos da crise. “Não podemos ser uma ilha”. E que todos vão sofrer com a crise, mas, que para evitar danos maiores, é preciso que as empresas continuem trabalhando e gerando renda.
“Todos eles vão viver dificuldades. Não posso dizer nem sim, nem não. A minha vontade é pagar todo mundo e liberar de pagar ICMS. Mas como vou pagar salário se não entrar receita?”, argumentou.
De acordo com Mauro, para que a economia continue girando, é necessário que os servidores não parem, assim como a iniciativa privada. “Por isso digo aos servidores, precisamos continuar trabalhando. Se mandar todo mundo pra casa, quem vai rodar a folha de pagamento? No momento de crise, temos que tomar todos os cuidados, passar álcool em gel, manter distância das pessoas, mas precisamos continuar trabalhando”.
As consequências de se suspender o trabalho do comércio, indústria e outros setores, segundo Mauro, pode ser pior do que o próprio vírus. “Se pararmos de trabalhar, vamos morrer todo mundo de fome. Vai trazer consequências muito ruins para todos nós. Precisamos trabalhar e ter vida normal”.