sexta-feira, 10 maio, 2024
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Praça de Pedágio: Diretor da Via Brasil não comparece à reunião e moradores protestam

A reunião entre a comissão de moradores que cobra a mudança de local da implantação da praça de pedágio em Alta Floresta, com o Ministério Público, Prefeitura Municipal e representantes da Via Brasil [empresa que tem a concessão de trechos das rodovias MT 320 e 208] prevista para acontecer na tarde de sexta-feira, 22, não foi realizada.

O cancelamento se deu porque um parente do diretor da empresa que viria à Alta Floresta para participar da reunião, teria ficado doente e ele não pode comparecer. Em função disto, os moradores das comunidades localizadas na Terceira e Quarta Leste e Ramal do Mogno, realizaram um protesto pelas duas principais avenidas da cidade. Um grande número de pessoas participou da manifestação.

“A carreata é para mostrar para a Via Brasil e para o governo de Mato Grosso, que na nossa opinião está nos sacaneando, que o povo não vai desistir de lutar pelos seus direitos. No dia que for marcado a reunião, vamos estar com todas estas pessoas presentes”, disse Paulo Moreira, um dos líderes do movimento.

Ainda não tem data prevista para a reunião ser realizada. Pode ser em um mês ou em uma semana, conforme dizem os manifestantes. 

Porém, a comissão recebeu garantias do promotor de Justiça, Luciano Martins, que até a reunião ser realizada, a obra de construção da praça de pedágio permanece paralisada. 

“Não podemos dizer que foi uma manobra, mas é algo muito. Queremos acreditar que o parente do diretor da Via Brasil tenha mesmo ficado doente”, disse Paulo. 

O morador Alisson Oliveira, que é pequeno produtor na Terceira Leste, observa que vai gastar uma média de R$ 80,00 por semana com o pagamento de pedágio para vir à cidade entregar seus produtos. No ano, daria mais de R$ 3 mil. 

“De Combustível eu não gasto esse valor. É um custo considerável para andarmos 12 quilômetros. Eu nasci aqui e trabalho para sobreviver e criar meus filhos em minha propriedade, e agora vem esse pessoal, querendo colocar esse pedágio onde eles acham que deve ser, e não a 23 quilômetros como foi acordado com a população”, protesta Alisson.

Segundo ele, o não comparecimento da representante da Via Brasil é uma desfeita com a população. “Até agora, só mandaram recados. Ninguém da empresa teve coragem de encarar os moradores e explicar porque estão mantendo a praça de pedágio no mesmo local. Mas não vamos desistir. Estamos dispostos a ir até ao fim e não vai sair essa praça de pedágio. Só depois que eles passarem em cima de nós!”, enfatiza Alisson.

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