Uma empresa que foi investigada pela Justiça por suposto envolvimento em fraude com recursos públicos participou, nesta semana, de uma reunião com representantes do poder público em Alta Floresta. O encontro, divulgado pela própria companhia em redes sociais, contou com a presença do prefeito, além dos secretários municipais de Saúde, Fazenda e Planejamento, e teve como pauta a discussão sobre o orçamento do Fundo Municipal de Saúde.
A empresa em questão teve em 2022 bens bloqueados pela Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em decisão que determinou a indisponibilidade de R$ 981,3 mil. Ela foi citada em um processo que apurava um suposto esquema de superfaturamento de contratos no ano de 2016.
De acordo com os autos, a companhia teria integrado uma rede de fraudes que envolveu fornecedores e autoridades políticas da época. O Ministério Público do Estado ingressou com recurso solicitando o afastamento de servidores públicos suspeitos de envolvimento, além da quebra de sigilo bancário e fiscal de empresas e pessoas físicas ligadas ao caso.
O relator do processo, juiz convocado Antônio Veloso Peleja Júnior, acatou parte do pedido, determinando a indisponibilidade de bens da empresa e a quebra de sigilos bancários e fiscais de pessoas e companhias investigadas.
Outro lado
Na época a empresa afirmou que foi citada no processo apenas por ter participado de um processo licitatório em 2016, mas que os serviços investigados foram executados por outra companhia, responsável direta pelo contrato.