Na última segunda-feira (15), foi instalada na Assembleia Legislativa uma câmara setorial temática (CST) para investigar falhas estruturais na usina de Colíder e buscar soluções para minimizar os danos já causados ao município.
A iniciativa surgiu após a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e as Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), responsáveis pela unidade, identificarem falhas em 4 dos 70 drenos existentes na barragem. Para reduzir riscos à estrutura, as empresas decidiram rebaixar o nível do reservatório artificial, o que resultou em graves impactos ambientais e prejuízos econômicos estimados em R$ 100 milhões.
Com a diminuição do chamado “lago”, áreas antes ocupadas pelas águas do rio Teles Pires secaram, causando mortandade de peixes, perda de renda para famílias que dependem do turismo e da pesca esportiva, além da queda na arrecadação de royalties de energia elétrica para os municípios da região.
A expectativa dos parlamentares é que Copel e Eletrobras adotem medidas emergenciais para reparar os prejuízos, tanto ambientais quanto sociais e econômicos. Entre as alternativas defendidas estão a criação de auxílios temporários para famílias afetadas e ações de mitigação imediata dos impactos.
Segundo os membros da comissão, a prioridade é garantir a segurança da barragem, já que vidas humanas teriam sido colocadas em risco pelas falhas identificadas. Paralelamente, será cobrado das empresas um plano de reparação econômica e ambiental.
A câmara setorial pode ser substituída por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso sejam reunidas assinaturas suficientes para sua instalação. Nesse cenário, a CPI assumiria os trabalhos com poderes mais amplos de investigação e convocação.
*com informações da assessoria