As exportações brasileiras de milho apresentaram forte recuperação em agosto de 2025. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 6,85 milhões de toneladas do cereal no período, alta de 181,53% em relação a julho e 12,94% superior ao registrado em agosto de 2024. Ainda assim, no acumulado de janeiro a agosto, os volumes somaram 15,75 milhões de toneladas, queda de 12,25% frente ao mesmo intervalo do ano passado.
Mato Grosso, maior exportador nacional, também registrou avanço significativo no mês. O estado enviou 3,50 milhões de toneladas ao exterior, crescimento de 134,53% em relação a julho. Apesar do salto mensal, o desempenho segue abaixo do histórico: 19,07% menor que o de agosto de 2024 e 20,53% inferior à média dos últimos cinco anos. No acumulado de 2025, as exportações somaram 7,32 milhões de toneladas, retração de 43,24% frente ao mesmo período de 2024.
O cenário internacional ainda inspira cautela. A elevada oferta do cereal no Brasil, somada à perspectiva de uma safra robusta nos Estados Unidos, pode pressionar os preços e limitar o ritmo das exportações nos próximos meses.
No mercado interno, a comercialização do milho da safra 2024/25 em Mato Grosso atingiu 68,32% da produção até agosto, avanço mensal de 7,21 pontos percentuais. O incremento foi sustentado pela melhora nos preços e pela demanda aquecida. Ainda assim, o ritmo está 1,74 p.p. atrasado em relação ao mesmo período da safra anterior. O preço médio fechou em R$ 44,09 por saca, alta de 0,71% frente a julho.
Já para a safra futura (2025/26), as negociações alcançaram 15,51% da produção projetada, avanço de 3,42 p.p. no mês e resultado 5,69 p.p. acima do registrado no mesmo período da safra passada. Apesar do fôlego extra, o índice ainda está 7,18 p.p. abaixo da média das últimas cinco safras. O preço médio do milho para o próximo ciclo ficou em R$ 45,45 por saca, valorização de 2,54% em relação ao mês anterior.