A Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), na segunda-feira (08.02), no estacionamento de visitantes da Assembleia Legislativa, afirmou a defesa pela vida, e deliberou pela permanência do estado de greve. A decisão só será revertida para greve geral, se houver tentativa de aulas presenciais, antes da imunização. Nesse contexto inclui-se a proposta de aulas hibridas. Com trabalho remoto e atendimento presencial de estudantes no chamado plantão de dúvidas.
Para o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, o registro de morte na Educação Pública, cerca de 30 óbitos, durante o período de atividades remotas, é um alerta para o risco de uma contaminação entre turmas, mesmo que com apenas cinco estudantes. “Os professores são os mais interessados na retomada das atividades, desde de que vacinados. As aulas remotas dobram o desgaste e o resultado têm se mostrado insatisfatório na relação com o estudante”, destacou
A Assembleia deliberou ainda que a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) assegure aos profissionais equipamentos e conectividade para o trabalho remoto. A declaração do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, na mídia, dizendo que as escolas estão preparadas para o início do ano letivo, mesmo que de forma remota, causou indignação e foi apontada como mais uma falácia da gestão Mauro Mendes. “Exigimos condições efetivas para que o processo de ensino aprendizagem possa ocorrer. A escola é publica e tem que ter investimentos”, afirmou Valdeir Pereira.
Foram inúmeros os pontos apresentados que constataram o desmonte da Educação Pública, o ataque e desrespeito aos profissionais. Os trabalhadores pontuaram problemas com as políticas de atribuição; prefeiturização, escola militarizada, descumprimento das Leis de Carreira, calote na Revisão Geral Anual, ataque as aposentadorias e pensões, com confisco salarial. “O governo deve estabelecer de imediato a mesa de negociação com o sindicato, inclusive para tratar de toda a pauta de reivindicação e da Campanha salarial.
Após a Assembleia os educadores saíram em carreata (ver abaixo)percorrendo o Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá, onde deixaram recados no Palácio Paiaguás, na Secretaria de Fazenda, Tribunal de Contas e, finalizando, na secretaria de Estado de Educação.